Pesquisa mostra que homicídio de pessoas negras é maior no Brasil e no MS

No dia da Consciência Negra, de acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Mato Grosso do Sul, o índice de homicídios de pessoas negras é 47,6% maior do que na população não negra. Chegando a 31 mortes a cada 100 mil habitantes. A pesquisa “Vidas Perdidas e Racismo no Brasil” […]

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No dia da Consciência Negra, de acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Mato Grosso do Sul, o índice de homicídios de pessoas negras é 47,6% maior do que na população não negra. Chegando a 31 mortes a cada 100 mil habitantes.

A pesquisa “Vidas Perdidas e Racismo no Brasil” foi realizada com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e do Censo Demográfico do IBGE, de 2010.

A conclusão é que a cor aumenta a vulnerabilidade dos negros, que correm 8% mais chances de se tornar vítimas de homicídio que um homem branco, ainda que nas mesmas condições de escolaridade e características socioeconômicas. O estudo aponta que mais de 60 mil pessoas são assassinadas todos os anos no Brasil, e que a cada três pessoas mortas de forma violenta, duas são negras

No estado, o índice de homicídios de negros é 47,6% maior que o de não negros, o que representa 10 casos a cada 100 mil habitantes a mais, segundo o Ipea.

O relatório ainda informa que o índice de mortalidade de negros no estado chega a 31 pessoas a cada 100 mil habitantes, enquanto o de não negros fica em 21 mortes.

Outro ponto destacado na pesquisa é a menor expectativa de vida entre os negros do País. Quando consideradas todas as violências letais – homicídios, suicídios e acidentes –, os homens de cor negra são os que apresentam a maior perda de expectativa: 3,5 anos de vida, contra 2,57 dos homens não negros.

Proporcionalmente, esse diferencial é bem maior quando considerados apenas os homicídios. Enquanto o homem negro, ao nascer, perde 1,73 ano de vida, o homem não negro perde 0,81 devido a essa causa de mortalidade, que se constitui no principal componente do diferencial de perdas totais.

No país

O caso mais grave no País ocorre no estado do Alagoas, onde a proporção de homicídios alcança o patamar de 17,4 mortes de negros para cada uma de não negros. No estado, são 76 homicídios de negros por 100 mil habitantes.

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