Mesmo em dia de comemoração, os aposentados sul-mato-grossenses têm poucos motivos para comemorar. Neste 24 de janeiro, Dia do Aposentado, a sensação é de que as coisas mudaram nos últimos anos, para pior.

“Tivemos muitas perdas salariais nos últimos tempos, a situação não está nada boa, mas temos que continuar batalhando”, diz, esperançoso, Wandir de Miranda Osório, presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Mato Grosso do Sul.

Hoje, são aproximadamente 280 mil aposentados e pensionistas no Estado, sendo que 70% (196 mil) recebem apenas um salário mínimo, R$ 678.

Segundo Osório, o maior problema dos aposentados é a falta de atenção do poder público e o endividamento. “Nada de bom tem acontecido para nós últimos anos, para se ter uma ideia, com o aumento do salário mínimo, muitos aposentados correram aos bancos, para ver se tinham margem para novo empréstimo, e a maioria já está endividado”, lamentou.

Mesmo com as dificuldades, Osório afirmou que o aposentado deve saudar seu dia, e ter a esperança de que dias melhores virão, “se perder as esperanças, aí deixa de lutar”, comentou.

No país

O Dia do Aposentado foi marcado por protestos Brasil afora. Em São Paulo, por exemplo, manifestação na Praça da Sé reuniu milhares de aposentados. A principal insatisfação é com o índice de 6,2% de reajuste salarial oferecido a quem ganha acima de um salário mínimo. Além disso, as perdas acumuladas ao longo das últimas décadas e o descaso do governo são apontados pelo como fatores que geram o descontentamento da classe.