Perdão das dívidas das Santas Casas não resolve problema da saúde, diz ABCG
O anúncio de que o governo federal vai perdoar parte das dívidas passadas das Santas Casas e demais hospitais filantrópicos não resolve o problema da saúde. Segundo o Presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que retoma a gestão da entidade hospitalar em 17 de maio, Wilson Teslenco, o perdão é bem vindo, mas […]
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O anúncio de que o governo federal vai perdoar parte das dívidas passadas das Santas Casas e demais hospitais filantrópicos não resolve o problema da saúde. Segundo o Presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que retoma a gestão da entidade hospitalar em 17 de maio, Wilson Teslenco, o perdão é bem vindo, mas resolve apenas os problemas passados.
Ele explica que a Santa Casa de Campo Grande, assim como demais entidades filantrópicas voltadas para a saúde no país trabalham muito acima do limite de financiamento. Isto é, o custo do serviço prestado é maior do que o SUS (Sistema Único de Saúde) paga para as entidades. Com esta balança, a dívida sempre aumenta.
A única forma de resolver os problemas definitivamente, explica, é aumentar o valor pago pelos serviços prestados. Ele pontua que tanto o governo estadual quanto municipal investe parte do orçamento para a saúde, mas mesmo assim os custos são elevados e a dívida não para de crescer.
Aumento das dívidas
Desde que a Junta Interventora assumiu o comando da Santa Casa, em 2005, a dívida da entidade só cresceu. De lá para cá, conforme o assessor jurídico da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Carmelino Rezende, a dívida passou de R$ 34 milhões para aproximadamente R$ 160 milhões, além do déficit mensal de R$ 2,5 milhões. Os números foram divulgados pela empresa KPMG Auditores Independentes, de Goiás, no Diário Oficial de Campo Grande, no dia 25 de julho de 2012.
Um dos agravantes foi a tomada de empréstimos pelos gestores públicos para arcar com as despesas contraídas por eles durante a intervenção. Um dos empréstimos de R$ 14 milhões e outro de R$ 23 milhões custou, com juros, mais R$ 45 milhões no total.
A devolução da Santa Casa para os proprietários originais (ABCG) está marcada para o dia 17 de maio. Os integrantes da Associação tiveram que entrar na Justiça para exigir que o processo de transição fosse iniciado.
Perdão da dívida
Para perdoar a parte das dívidas passadas das Santas Casas e demais hospitais filantrópicos, o governo federal exigirá que as instituições paguem impostos daqui para frente e melhorem o atendimento prestado aos pacientes via SUS (Sistema Único de Saúde).
O tamanho do perdão ainda está definido. O ministro Alexandre Padilha reuniu-se recentemente com representantes do Congresso e apresentou a proposta do governo, sem detalhar o que será anistiado.
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