O Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) captou junto ao governo da Holanda o valor de € 900 mil para a qualificação do produtor rural e para o desenvolvimento da pecuária de corte no Brasil. Inicialmente, Mato Grosso do Sul será beneficiado com investimentos nos programas “Novilho Precoce” e “ABC”, com a possibilidade da inclusão do programa “Mais Inovação”, iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS). A confirmação do apoio financeiro foi anunciada nessa quinta-feira (25), em reunião do GTPS na sede do Sistema Famasul.

“Esse é um capital semente, que será dividido entre vários projetos desenvolvidos em seis Estados. Não é um recurso significativo, mas a intenção é incentivar outras fontes de investimento, seja do poder público ou privado. Recursos são sempre bem-vindos, mas nosso principal objetivo é que ele chegue até o produtor, o maior interessado nas transformações do mercado da pecuária”, afirma o integrante da Comissão de Incentivos Econômicos e Financeiros do GTPS, Miguel Calmon.

Os multi-stakeholders envolvidos na decisão do GPTS visualizam Mato Grosso do Sul como um exemplo na pecuária de corte e afirmam que as atividades aplicadas ao Estado devem ser expandidas, devido ao perfil sustentável. “A atividade pecuária de MS apresenta uma infinidade de elementos que podem ser replicados para outros Estados. É essa eficiência que nos leva a atingir o crescimento econômico aliada à sustentabilidade. Tenho certeza que a partir do que presenciamos aqui, vamos desenvolver projetos pilotos com iniciativas inovadoras”, destaca Calmon.

Para o presidente da Comissão de Pecuária de Corte do Sistema Famasul, José Lemos Monteiro, mesmo com incentivos e rentabilidade, a pecuária em MS tem muito a desenvolver. “O ideal será aplicar o recurso direcionado ao MS na qualificação do produtor. Ele que já atribui um perfil mais empreendedor, ainda precisa aprimorar técnicas e de reunir mais informações para que possa alcançar um patamar significativo quanto aos outros setores do agronegócio”, ressaltou Monteiro.

Além de MS, Rondônia, Bahia, Pará e Mato Grosso também serão beneficiados com o investimento holandês. De acordo com o grupo de trabalho, a exigência dos financiadores é de que os recursos sejam direcionados para os Estados onde a pecuária realmente seja relevante em números e estratégias sustentáveis.