O domingo de Ramos (24) encerra a Quaresma: período que muitos católicos fazem promessas, jejuns e penitências por um bem maior, ficar mais próximo de Deus. São 40 dias que os fiéis são tocados à renúncia e à conversão em preparação para a celebração máxima da Igreja: a solenidade pascal.

Acostumada a jejuar durante a quaresma, a advogada Ana Cristina Recalde, 35 anos, conta que todos os anos abole a carne do cardápio. Ela revela que nos primeiros anos que iniciou o jejum era muito difícil finalizá-lo, mas com o tempo e o fortalecimento da fé, a dificuldade diminuiu. E hoje, o período de abstinência faz parte da vida. “Eu tinha muita dificuldade. Mas, já faz tantos anos que faço o jejum e cada vez me sinto melhor. Penso mais, reflito do porque estou fazendo o jejum. E Deus me dá para força para terminar” , diz.

A Quaresma é considerada um caminho para a conversão. “Um tempo especial, no qual a Igreja convida a percorrer um caminho de conhecimento mais profundo da pessoa de Jesus. É um tempo de peregrinação ao interior dos nossos corações, para mudarmos nossas atitudes, palavras e pensamentos, ajustando-nos ao de Jesus”, diz Luíza da Silva Mendes, 29 anos, que também é adepta da abstinência.

Luiza lembra que a abstinência e o jejum no período da Quaresma não podem ser vistos como uma troca com Deus. Para ela, o sacrifício não deve ser encarado como troca, mas sim como apelo de Cristo ao bem espiritual, mental e físico das pessoas.

(Matéria editada em 02/04 para alteração de informações)