Neste sábado, dia 23, o Simted (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Educação) de Dourados participou do programa “Hora da Verdade”, na rádio Grande FM – 92,1. Durante a entrevista, o presidente do sindicato, João Azevedo, afirmou que é muito caro também aos educadores – professores e administrativos – fazer uma paralisação. “Nós, portanto, não fazemos apologia a greve. Paralisação é decisão da categoria”, diz ele.

É importante deixar claro, também, segundo a vice-presidente, Gleice Barbosa, que quem decide essas questões é a categoria, em assembleia, e não somente a diretoria do sindicato.

O quadro referente às ações após à paralisação deixou o Sindicato em alerta. No retorno das aulas, obrigatoriamente, como de costume, os profissionais repõem o dia paralisado e não existiria justificativa para o corte do ponto dos educadores, já que a ação foi realizada com aviso prévio a Administração Municipal, informado via oficio.Eles explicam ainda que os alunos têm o direito a 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos, esse direito é garantido aos alunos, portanto não há perdas para os estudantes.

Tal procedimento, segundo Simted é previsto pela Resolução SEMED 087/2012 publicada no dia 26 de novembro de 2012, a qual traz a possibilidade de interrupção no calendário escolar e as normativas para a reposição.

Além disso, ainda, em meio às tentativas de negociação da extensa pauta com a prefeitura, a proposta oficializada pelo executivo foi a de dividir a categoria, o que o Sindicato entende como uma tentativa de fragilizar o movimento dos educadores. O Sindicato, diante disso, afirmou que continuará em busca de agenda para que a prefeitura apresente propostas concretas e não se intimidará com as pressões pela luta por uma educação de qualidade.

“Se faz educação de qualidade com via de mão dupla. É colocar as idéias, ouvir, ter propostas e isso não acontece”, completa João. O Simted agora aguarda abertura de agenda com a prefeitura.