Para não ser atacado, acusado de espancar bebê até a morte ficará isolado em Dourados

O guardador de carros de 36 anos que foi preso por agredir um bebê de cinco meses até a morte, em Dourados, cidade a 225 quilômetros de Campo Grande, deverá ficar em uma área isolada da Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac). Segundo delegado do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, Adilson Sitiguivitis, o […]

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O guardador de carros de 36 anos que foi preso por agredir um bebê de cinco meses até a morte, em Dourados, cidade a 225 quilômetros de Campo Grande, deverá ficar em uma área isolada da Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac). Segundo delegado do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, Adilson Sitiguivitis, o acusado corre sério risco de morte caso fique em uma cela comum com os demais presos.

“Ele está detido no 1° Distrito Policial e ainda hoje (terça-feira) será encaminhado para a Phac. É esperado que os agentes penitenciários o coloquem em uma área reservada, ao menos por enquanto. Se ficasse nas celas comuns, certamente seria alvo de retaliação por parte dos outros detentos por causa do crime que cometeu” comentou Stiguivitis.

Ainda segundo o delegado, o homem foi preso em flagrante por homicídio triplamente qualificado, e também irá responder por tortura. “Durante as investigações soubemos que ele vinha agredindo violentamente o bebê filho da mulher que era sua funcionária. Na noite de domingo ele bateu na criança com tanta violência, que ela acabou morrendo. As agressões ocorriam há pelo menos 15 dias. Durante depoimento ele se reservou no direito de ficar calado, mas todas as evidências o apontaram como culpado”.

A mãe da criança não está presa, mas pode ser indiciada por omissão. “Ela está sendo investigada, pois, embora não tenha sido coautora dos crimes, sabia que o homem estava batendo na criança, mas nunca teve coragem de denunciar. A mulher contou que certa vez foi questioná-lo a respeito de sua personalidade violenta, e acabou apanhando. Entretanto, deveria ter tomado alguma atitude, mesmo que fosse uma denúncia anônima. Se isso tivesse acontecido, talvez a criança não morresse”.

O CASO

Em troca de um abrigo, a ex-moradora de rua ajudava o acusado a ‘guardar’ os carros no centro da cidade. Ela ficava na casa onde o homem vive com a esposa e filhos, e contribuía com uma parcela do dinheiro que arrecadava no trabalho. Sem ter para onde ir, a mulher aceitava as agressões, em seguida, seu neném, filho de um presidiário, passou a ser alvo.

Na noite de domingo, o homem bateu na criança até que ela precisasse ser internada em estado grave. Funcionários do hospital se atentaram à situação e acionaram as autoridades. Na segunda-feira, o homem foi detido e enquanto era interrogado, recebeu a informação da morte do bebê.

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