A cerimónia do lava-pés pretende recriar um gesto que, segundo a Bíblia, Jesus terá tido para com os 12 apóstolos na Última Ceia, num gesto de humildade e servidão.

Tradicionalmente, a cerimónia que conta com a presença do Papa decorre numa basílica de Roma ou mesmo em São Pedro. Mas o Papa Francisco, eleito a 13 de março, resolveu que este ano deveria decorrer na prisão de menores.

Inicialmente, a tradição incluia o lava-pés a 12 padres de diferentes idades e origens. Segundo a tradição cristã, os padres são sucessores dos apóstolos.

Em 2007, Bento XVI optou por lavar os pés a doze laicos, de Roma. Agora, Francisco inova ao incluir mulheres no grupo. Segundo o defensor do direitos dos detidos, as duas jovens escolhidas são uma italiana católica e uma muçulmana sérvia.

Não existem regras que impeçam que o lava-pés inclua mulheres, mas a tradição cristã refere que os apóstolos eram todos homens. Contudo, enquanto arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio tinha já lavado os pés a mulheres nesta cerimónia, tal como outros sacerdotes fazem.