O Francisco estará totalmente seguro e poderá circular livremente pela cidade durante a Jornada Mundial da , disse hoje (22) o prefeito Eduardo Paes. Ele informou, no entanto, que a JMJ será o grande evento mais complexo da cidade do ponto de vista logístico, se comparada a outros como a Rio+20 e a Copa das Confederações, que o Rio sediou nos últimos 12 meses.

Para a jornada, são esperados milhares de visitantes, que se deslocarão pela cidade, mas outra característica contribui para o desafio da organização: “Sabemos que o papa Francisco quebra regras e isso é um orgulho para a nossa cidade, porque mostra que ele estará à vontade”, disse o prefeito, que concedeu uma entrevista coletiva ao lado do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, para dar boas-vindas aos jornalistas.

Sobre as manifestações que podem ocorrer durante a presença do pontífice, Paes disse que isso é já é esperado e que não há cidade visitada pelo papa em que não haja protestos. “A cidade vai criar todas as condições para que o papa possa circular à vontade. Ele é querido pelos católicos e por pessoas de outras religiões, e o carioca tem uma tradição de receber bem os visitantes”.

O prefeito disse ainda não ter números, mas afirmou que a primeira impressão é a de que a cidade receberá uma quantidade de visitantes ainda maior do que o esperado, o que considerou bom. Em seu discurso, Paes reconheceu que a maior exposição do Rio evidencia suas contradições, mazelas e desafios, assim como suas qualidades. Apesar disso, para o prefeito, a imagem que ficará será a de uma cidade que está se desenvolvendo.

“Fica o compromisso de usar essa visita do papa como estímulo a superar os desafios e a receber o papa de braços abertos”, disse o prefeito, que garantiu: “Realizaremos a melhor JMJ de todos os tempos”.

O arcebispo do Rio destacou a participação de jovens na organização da jornada, já que sua presença no Comitê Organizador Local passa de 80% dos membros. Dom Orani disse crer que o encontro fortalecerá as esperanças da população e dos fiéis, e que a jornada “vem para estender a mão a todas as pessoas que queiram construir um mundo mais justo e fraterno.”

“Sabemos que existem movimentos e ideais diversificados e que nem todos pensam como nós, mas temos a mesma preocupação com a dignidade humana”, enfatizou o arcebispo.

Ao lado de Paes e Orani, seis jovens católicos de diferentes partes do mundo deram testemunhos na coletiva. Entre eles estava o carioca Allan Farias, da zona norte, que é DJ e tocará música eletrônica em um dos atos culturais da programação, na Cidade do Samba. Além dele, falaram representantes da China, de Moçambique, da Argentina, do México e da Síria.