Palestino do Mais Médicos critica mania de exibir o corpo dos brasileiros

“O que eu mais gosto no Brasil é o respeito das pessoas com os estrangeiros. Me tratam bem, pelo menos aqui. Mas eu mudaria [no país] a questão da ingestão de bebida alcoólica, os impostos, que são extremamente altos, sem nenhum benefício de volta, e a prática de exibir o corpo, que é muito comum”, […]

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“O que eu mais gosto no Brasil é o respeito das pessoas com os estrangeiros. Me tratam bem, pelo menos aqui. Mas eu mudaria [no país] a questão da ingestão de bebida alcoólica, os impostos, que são extremamente altos, sem nenhum benefício de volta, e a prática de exibir o corpo, que é muito comum”, afirma o médico palestino Mohamed Gaber Abau Schwareb, 29 anos, selecionado pelo programa Mais Médicos para atuar no município de Garibaldi (110 km de Porto Alegre), na Serra Gaúcha.

Desde 25 de setembro, quando recebeu o registro médico provisório do Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul), Mohamed trabalha na Unidade Básica de Saúde Santa Terezinha, construída em março deste ano, com investimento de R$ 1,4 milhão oriundo de recursos federais e municipais e com apoio do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS).

Em entrevista por e-mail, feita por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde de Garibaldi, Mohamed disse que gostou do clima hospitaleiro de Garibaldi e da equipe médica da UBS.

“Estou gostando muito daqui, especialmente da minha equipe, que tem um ótimo espírito de trabalho. O médico não consegue fazer grandes mudanças se não tiver uma boa equipe. Eu imagino que podemos fazê-las”, declarou.

Mohamed faz parte do corpo médico da unidade, que é composto por um clínico geral, dois pediatras e um ginecologista, além de psicólogo, fonoaudióloga, enfermeira e uma técnica de enfermagem, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A unidade faz aproximadamente 400 consultas e 1.800 atendimentos por mês.

Garibaldi tem 32.578 habitantes e foi colonizada no século 19 por imigrantes italianos, mas também recebeu franceses, alemães e sírio-libaneses antes de 1900, quando se constituiu em município, depois de se separar de Bento Gonçalves.

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