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Operação Ágata 7 fiscaliza embarcações no rio Paraguai

A Operação Ágata 7, desenvolvida nas regiões de fronteira desde 18 de maio, além de realizar ações terrestres de combate a crimes transfronteiriços, também realiza operações fluviais. Em Corumbá, ação aquática ocorre por todo o perímetro de guarnição da fronteira Brasil-Bolívia. A Marinha do Brasil, através do Comando do 6º Distrito Naval, em conjunto com […]
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A Operação Ágata 7, desenvolvida nas regiões de fronteira desde 18 de maio, além de realizar ações terrestres de combate a crimes transfronteiriços, também realiza operações fluviais. Em Corumbá, ação aquática ocorre por todo o perímetro de guarnição da fronteira Brasil-Bolívia. A Marinha do Brasil, através do Comando do 6º Distrito Naval, em conjunto com a Polícia Federal e a Força Nacional, realiza ações de fiscalização pelas imediações ribeirinhas da cidade e contam, inclusive, com o reforço de cães farejadores, com o intuito de combater o tráfico de drogas.

Uma das fiscalizações no rio Paraguai mobilizou cerca de 20 militares das três forças. “A Ágata 7 é voltada para a repressão de ilícitos transfronteiriços como contrabando de armas, de drogas, roubo de gado, furto de veículos. Além das diversas ações que realizamos em terra, também fazemos ações pelas águas, no caso, aqui de nossa região, no rio Paraguai. A Marinha, através do 6º Distrito Naval e da Capitania dos Portos, está atuando juntamente com a Força Nacional e a Polícia Federal, na abordagem e fiscalização de embarcações de todos os portes que navegam pelo local. A região de tráfego aquático de Corumbá não apresenta alto índice de registro de crimes ou de problemas com documentações. Podemos apontar que em todas as abordagens, cerca de 90% estavam dentro da legalidade com documentação, tanto da embarcação, quanto do piloteiro”, ressaltou ao Diário, o capitão Luciano Miller, da Capitania dos Portos.

Jocemir Antunes, de 42 anos, seguia para a compra de iscas e disse que sempre é abordado no rio Paraguai para a fiscalização da embarcação. Ele reforça que a ação traz segurança para quem navega na região de Corumbá. “Essas ações fazem com que sempre fiquemos com os documentos em dia e com a embarcação em condições de navegar. Isso é segurança e temos que entender”, ressaltou.

Ao abordar a embarcação, os militares da marinha checaram a documentação do piloteiro, enquanto os agentes da Polícia Federal fizeram uma vistoria no barco. “Essa operação conjunta, coordenada pelas Forças Armadas, também abriga a Operação Sentinela, que ocorre durante todo o ano, é permanente, logo, como a Operação Ágata 7 é de um alcance muito maior, acabamos agregando as ações com nossos serviços. Em Corumbá, temos o Grupo Especial de Polícia Marítima, criado em 2010 e oficializado há cerca de um ano , é algo recente, porém, que tem dado ênfase aos serviços de guarnição das águas do rio Paraguai. Com o apoio dessa Polícia, fazemos abordagens a todo tipo de embarcação e em 2012, houve apreensões, com destaque para uma com grande quantidade de cigarros contrabandeados. Em 2013, não tivemos apreensões ainda e esse é o objetivo principal, coibir as práticas criminais”, ressaltou o agente da Polícia Federal, Humberto Fissel.

Já a Força Nacional, contou com um cão farejador, o que garantiu eficácia e agilidade na busca por entorpecentes. O cão fez buscas em embarcações de grande porte, mas nada foi encontrado. “Utilizamos os cães em ações de fiscalização para dinamizar a procura por drogas.

Utilizar os cães é fundamental, pois, eles são treinados para isso, passam por um treinamento intensificado de 6 meses e isso nos poupa tempo, até porque há muita bagagem e vistoriar uma por uma, é demorado. Os cães nos ajudam por possuírem faro aguçado para detectar drogas. A Operação Ágata, pede agilidade nos serviços, na vistoria dos locais, dos veículos, das embarcações, por isso utilizá-los nas vistorias é uma necessidade”, explicou ao Diário o sargento Radamés Lopes Silva.

Atualmente em Corumbá, a Força Nacional conta com três cães farejadores. Ralf, o pastor alemão utilizado na fiscalização aquática, já conseguiu identificar duas situações de tráfico de drogas. Uma delas foi a localização de 1,5 quilograma de cocaína e de 700 gramas de pasta base. As fiscalizações aquáticas e terrestres prosseguem. A Operação Àgata 7 não tem data prevista para término.

A Operação

Instituída pela presidente da República, Dilma Rousseff, como uma das ações do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), a operação é mantida sob o comando do Ministério da Defesa e coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A execução cabe à Marinha, ao Exército e à Força Aérea Brasileira (FAB), com o apoio de 12 ministérios, cerca de 20 agências governamentais, forças policiais e agentes de dez estados e 710 municípios. Em quase dois anos, o Ministério da Defesa, por meio do EMCFA, já realizou outras seis edições da Operação Ágata.

O Brasil tem uma fronteira de 16.886 quilômetros de extensão, sendo 7.363 quilômetros de linha seca e 9.523 quilômetros de rio, lagos e canais. Em toda a região deflagrada, a Operação realiza inspeções, vistorias e revistas, além de ações cívico-sociais.

Nesta edição, a de número sete, a operação emprega 25 mil militares e a participação de agentes das Polícias Federal, Rodoviária Federal, agências governamentais e polícias estaduais. A Ágata 7 é a maior mobilização realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS), segundo informou a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa.

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