Ocupação do Incra em Brasília já dura 30 horas

Já dura aproximadamente 30 horas a ocupação do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília, por integrantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE). Os agricultores chegaram ao prédio na madrugada de ontem (17) e passaram a noite no local. O coordenador da Fetraf-DFE, […]

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Já dura aproximadamente 30 horas a ocupação do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília, por integrantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE). Os agricultores chegaram ao prédio na madrugada de ontem (17) e passaram a noite no local.

O coordenador da Fetraf-DFE, Francisco Lucena, disse que o prédio só será desocupado quando houver acordo com o Incra para que as demandas dos manifestantes sejam atendidas. Segundo ele, não há previsão de reunião entre as duas partes. “Continuamos por tempo indeterminado aguardando a efetivação da negociação. O prédio só será desocupado com os compromissos acordados e no papel”, disse.

Entre as reivindicações estão a liberação de recursos para o assentamento de 3 mil famílias no Distrito Federal e para assistência técnica e infraestrutura aos assentados. Segundo Lucena, ao longo do dia, mais assentados irão se juntar ao grupo que ocupa o prédio. No início da ação, ontem, a Polícia Militar estimou que cerca de 700 pessoas estavam no local.

A assessoria de imprensa do Incra informou que os manifestantes ocupam a sede nacional do órgão e a pauta de reivindicações do movimento trata de temas locais, de atribuição da Superintendência Regional do Incra. Portanto, não há previsão de reuniões com os manifestantes na sede do órgão para tratar das demandas.

A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve ontem uma liminar na Justiça determinando a desocupação do prédio. A liminar prevê multa de R$ 5 mil por hora de descumprimento. O coordenador da Fetraf-DFE, Francisco Lucena, disse que ainda não recebeu a notificação e que a liminar não vai intimidar o movimento.

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