Após a polêmica aprovação de leis consideradas anti-gays na Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mandou uma mensagem clara sobre a postura de seu governo em relação ao tema ao nomear duas mulheres homossexuais como delegadas do país nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, que serão disputados em 2014.

Pela primeira vez desde 2000, uma delegação norte-americana em Jogos Olímpícos não contará com o presidente dos EUA, primeira-dama, vice-presidente ou ex-presidentes. A Rússia tem sofrido várias críticas em todo o mundo por causa das leis que proíbem “propaganda homossexual”.

Apesar de não mencionar o tema no comunicado que oficializou as presenças da ex-tenista Billie Jean King, famosa por ser uma das primeiras esportivas a assumir a homossexualidade, e da estrela do hóquei Caitlin Cahow, a Casa Branca informou que a delegação “representa a diversidade que existe nos Estados Unidos”, e que “o presidente Obama sabe que vai mostrar ao mundo o melhor da América, que é a diversidade, determinação e o trabalho em equipe”.

O governo norte-americano justificou a ausência de Obama nos Jogos de Sochi com a agenda de compromissos lotadas no período de competições, impedindo o presidente de assistir aos eventos.

“É um sinal positivo ver representantes abertamente homossexuais na delegação”, disse Michael Cole-Schwartz, porta-voz da Human Rights Campaign. “Esperamos que ele envie uma mensagem ao povo russo e ao resto do mundo que os Estados Unidos valorizam os direitos civis e humanos do público GLBT”, concluiu.