O rei do camarote não existe; personagem foi inventado para ‘trolar’ a Veja

O que parecia surreal e armado acabou se confirmando, Alexander de Almeida, um empresário bem sucedido, dono de ferrares, roupas de grifes europeias e capaz de gastar 50 mil reais em uma única balada não existe. Na verdade, o personagem que nesta semana ficou conhecido como “o rei do camarote” por conta de uma matéria […]

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O que parecia surreal e armado acabou se confirmando, Alexander de Almeida, um empresário bem sucedido, dono de ferrares, roupas de grifes europeias e capaz de gastar 50 mil reais em uma única balada não existe.

Na verdade, o personagem que nesta semana ficou conhecido como “o rei do camarote” por conta de uma matéria da Revista Veja São Paulo, é Fernando Silva, um estudante de direito de 26 anos que ainda mora com seus pais no Cambuci, um bairro de classe média de São Paulo, e vai todos os dias para a faculdade de direito de metrô.

O estudante de direito conta que tudo não passou de uma brincadeira elaborada por ele e alguns de seus colegas de trabalho, Fernando é estagiário do departamento jurídico da Rede Bandeirantes de Televisão e foi convidado por integrantes do programa Pânico para se passar por um milionário excêntrico que esbanjava dinheiro na noite paulistana.

“- O Edu (Eduardo Sterblitch) disse que sabia que a Veja estava procurando pessoas para uma matéria com os novos ricos da cidade e perguntou se eu aceitaria me passar por milionário”, conta o estudante que disse que o carro foi alugado e as roupas eram do próprio Eduardo Sterblitch e de outros integrantes do programa.

Fernando conta ainda que foi fácil enganar o repórter da revista, pois grande parte da matéria foi respondida por e-mail e ele se encontrou com o jornalista apenas uma vez, o resto das imagens e fotos foram feitas pela própria produção do programa Pânico e enviados a revista.

“- Disse a eles que preferia que fosse assim para preservar a minha integridade e privacidade e eles aceitaram”

O estudante de direito afirma que não esperava uma repercussão tão grande com o assunto e se assustou com o resultado. Desde que o vídeo foi ao ar, Fernando não voltou à faculdade por medo do assédio, já no trabalho não há problemas, pois por trabalhar em meio a diversas estrelas, ele diz que acaba passando despercebido, mas sempre tem um ou outro que passa e pede pra eu pagar uma vodca ou então pra dar uma volta na minha Ferrari.

Fernando que tem um Ford Ká ano de 1998 diz que pouco anda com o carro, pois os documentos estão atrasados. Sabe como é né, estagiário de direito não ganha muito bem, completa o estudante.

Ele finaliza a entrevista dizendo que se tivesse todo o dinheiro que o personagem inventado, iria comprar um carro melhor e fazer uma viagem para o Havaí, pois o curso de direito é desgastante e ele está se preparando para o exame da OAB.

A revista veja foi procurada pela reportagem, mas não quis se manifestar sobre o assunto.

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