Novo golpe: quadrilha falsifica boletos e dá prejuízos de até R$ 5 milhões em empresas

Uma quadrilha especializada está atuando em MS, falsificando boletos e dando golpes online. Segundo Moura Fé, os cds custam em média R$ 200 e chegam a ser vendidos por segmento, com e-mails só de pecuaristas, por exemplo.

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Uma quadrilha especializada está atuando em MS, falsificando boletos e dando golpes online. Segundo Moura Fé, os cds custam em média R$ 200 e chegam a ser vendidos por segmento, com e-mails só de pecuaristas, por exemplo.

Uma quadrilha especializada está atuando em Mato Grosso do Sul, falsificando boletos e dando golpes online. O alvo principal dos estelionatários são as empresas, de pequeno a grande porte, mas qualquer pessoa deve ficar atenta para não ser prejudicada. Somente uma multinacional que caíram no golpe foram lesadas em R$ 5 milhões.

O modus operandi da quadrilha é simples: ela compra listas de e-mails no mercado negro, e envia boletos falsificados para pagamento. Mais acostumados a receber cobranças online, as empresas são as que mais caem na cobrança falsa.

“Atendi vários casos como este neste ano, é um novo golpe, difícil de investigar”, analisou o delegado Valmi Messias de Moura Fé, responsável pela Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações). “Tivemos até um caso de um golpe milionário de R$ 5 milhões”, exemplificou.

O caso específico foi um golpe em uma multinacional de atuação em todo o território brasileiro, que não teve o nome revelado já que o processo corre em segredo de Justiça.

“A quadrilha conseguiu acesso ao e-mail da empresa e com ajuda de algum cracker conseguiu quebrar a segurança e falsificar quatro boletos, no valor de R$ 5,4 milhões, que foram pagos”, revelou Moura Fé.

Cracker é o termo usado para designar o indivíduo que pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Somente o código de barra do boleto foi alterado, e os pagamentos foram efetuados com naturalidade pela multinacional.

Investigação

O caso está sendo investigado pela Dedfaz de Mato Grosso do Sul, já que o dinheiro pago pela multinacional caiu em uma conta bancária de Campo Grande, e foi imediatamente sacado.

“A quadrilha pulverizou o dinheiro, dividindo em mais de 40 contas, muitas já conseguimos bloquear na Justiça”, relatou Moura Fé, que deve pedir em breve a prisão de dez suspeitos de integrar a quadrilha.

Pequenos golpes

O delegado Moura Fé também alerta para que os sul-mato-grossenses fiquem atentos, já que a quantidade de pequenos golpes é incontável no estado. O truque é sempre o mesmo, as quadrilhas mandam e-mails, usando principalmente o nome empresas de telefonia, cobrando faturas atrasadas.

“O valor normalmente é pequeno, para que a população não desconfie, e muitos acabam pagando”, lamentou Moura Fé. O delegado pede para que a população fique atenta e, caso precise, procure ajuda da delegacia.

As quadrilhas de pequenos golpes, que são muitas, segundo o delegado, comprar cds em São Paulo com milhares de e-mais de pessoas de todo o país. Segundo Moura Fé, os cds custam em média R$ 200, e chegam a ser vendidos por segmento, com e-mails só de pecuaristas, por exemplo.

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