Novas nanoparticulas levam medicamentos diretamente às células cancerosas

O conceito chamado pH phoresis criou nanoparticulas que se acumulam em regiões de maior acidez liberando as drogas. Nanopartículas que se concentram e, em seguida, podem se expandir na presença de maior acidez encontrada em células de câncer.Este novo conceito pode ser usado para melhorar a entrega de medicamentos contra vários tipos de câncer. O […]

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O conceito chamado pH phoresis criou nanoparticulas que se acumulam em regiões de maior acidez liberando as drogas. Nanopartículas que se concentram e, em seguida, podem se expandir na presença de maior acidez encontrada em células de câncer.Este novo conceito pode ser usado para melhorar a entrega de medicamentos contra vários tipos de câncer.

O conceito implica na utilização de nanoparticulas feitas de weak polybases ( polibases fracas), compostos que se expandem quando transportados em ambientes que possuem uma acidez maior do que os tecidos circundantes, imitando as células tumorais.

Os pesquisadores usaram um modelo sofisticado para mostrar como as partículas se acumulam em regiões de maior acidez e lá permanecer por tempo suficiente para entregar as drogas anticâncer.

“Este fenômeno, que chamamos pH phoresis , pode fornecer um mecanismo útil para melhorar a entrega de drogas para as células cancerosas em tecidos de tumores sólidos”, afirmou o professor You-Yeon Won.

As soluções com um pH inferior a 7 são consideradas ácidas, e aquelas com um pH mais elevado são básicas ou alcalinas. O conceito de pH phoresis usa “micelas de polímero” sintéticas, minúsculas esferas que abrigam medicamentos no seu núcleo e são revestidas de um material que pode se expandir dramaticamente com as mudanças de pH alcalino para ácido. “Tumores sólidos têm um pH extracelular significativamente menor, cerca de 6,5-6,9, em comparação com o tecido normal, que tem um pH médio de 7,4”, afirmou Won.

A carga positiva diminui a circulação de micelas para fora do tecido do tumor, o que faz com que as nanopartículas se acumulem no interior da massa do tumor o tempo suficiente para penetrar nas células tumorais e liberar as drogas.

“Tal efeito seria uma virada de jogo, oferecendo a dose adequada de drogas anticâncer dentro das células tumorais. Este novo conceito também pode ser combinado facilmente dentro de outras metodologias de distribuição de medicamentos estabelecidos, tornando-se potencialmente prático para aplicação médica,” completou o pesquisador.

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