Novas despesas farão prefeito pedir à Câmara suplementação no quarto mês de Governo

O secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, prevê que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), terá que pedir suplementação à Câmara no mês de abril ou maio de 2013. Segundo o secretário, o pedido será feito por conta do engessamento provocado pela redução de receita e despesas criadas pela antiga administração. No […]

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O secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, prevê que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), terá que pedir suplementação à Câmara no mês de abril ou maio de 2013. Segundo o secretário, o pedido será feito por conta do engessamento provocado pela redução de receita e despesas criadas pela antiga administração.

No final do ano, vereadores ligados a Nelsinho Trad (PMDB) aprovaram um projeto determinando que Bernal só poderia fazer suplementação (sacrificar uma ou outra área por questão de prioridade) de 5% do orçamento, o que significa, aproximadamente, R$ 130 milhões.

Caso precise utilizar mais do que R$ 130 milhões em despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA), Bernal precisará de autorização da Câmara. O ex-prefeito Nelsinho Trad tinha direito a suplementação de 30%, o que significa que hoje ele poderia gastar até R$ 780 milhões dos R$ 2,7 bilhões do orçamento sem autorização dos vereadores.

Ben Hur lembra que só de ICMS a prefeitura perderá R$ 30 milhões em arrecadação. Soma-se a esta dificuldade os contratos, aditivos de contratos, despesa com pessoal criada no último dia da antiga administração, aumento salarial e diversas licitações que, segundo o secretário, foram criadas para provocar o desequilíbrio.

“Foram criadas para inviabilizar e criar instabilidade. Por isso, falam que não vamos passar de seis meses. Mas, já está tranquilo, com tudo monitorado”, garantiu. Bernal fez duas outras suplementações, mas não precisou do aval dos vereadores porque o valor não ultrapassou a cota de 5% do orçamento.

O secretário de Finanças aproveitou a oportunidade para negar que servidores tiveram cortes salariais. “Receberam salário e bonificação. Não foi cortado nada. A não ser que reclamam de um direito que talvez não tenham”, concluiu.

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