No RS, Pai confessa incêndio que matou duas crianças
O pai de Isadora, de dois anos e seis meses, e João, um bebê de três meses, confessou ter ateado fogo no apartamento da família e empurrado a mulher, Bárbara Penna de Moraes Souza, 19, pela janela, em Porto Alegre. As crianças morreram e Bárbara está internada em estado grave na UTI, com fraturas e […]
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O pai de Isadora, de dois anos e seis meses, e João, um bebê de três meses, confessou ter ateado fogo no apartamento da família e empurrado a mulher, Bárbara Penna de Moraes Souza, 19, pela janela, em Porto Alegre.
As crianças morreram e Bárbara está internada em estado grave na UTI, com fraturas e queimaduras. Um vizinho do casal também morreu ao inalar a fumaça.
Segundo o delegado João Paulo de Abreu, durante entrevista preliminar no hospital onde foi socorrido, João Guatimozin Moojen Neto, 22, confessou que, durante uma briga de casal, jogou álcool no sofá e ateou fogo, iniciando o incêndio.
Em seguida, ainda conforme o delegado, admitiu que empurrou Bárbara pela janela –eles moram no terceiro andar. Os dois estão casados há três anos.
O bebê foi encontrado pelos bombeiros na cama do casal, enquanto a menina estava aos pés da cama, abraçada às pernas, em posição fetal. Os corpos não estavam carbonizados –a suspeita é que eles morreram asfixiados pela fumaça.
No hospital, Moojen Neto, segundo o delegado, confessou que havia usado cocaína. Ao ser atendido, ele estava muito agitado e aparentava estar sob efeito de droga, segundo Abreu. O suspeito seria usuário de drogas há três anos e já havia fugido de uma clínica de reabilitação.
Na delegacia, porém, ainda segundo o delegado, o suspeito não disse nada durante o depoimento oficial.
Ele foi preso em flagrante e levado ao presídio central de Porto Alegre. A Justiça decretou a prisão preventiva do homem.
Já o defensor público Sérgio da Silva Fraga Júnior, plantonista que atendeu Moojen Neto, pediu a liberdade provisória do cliente, alegando que ele é réu primário e que ainda não foi levado a julgamento. Caso a prisão se mantenha, solicitou que ela ocorra em um hospital próprio para dependentes químicos.
O defensor disse ainda que o pai das crianças admitiu ser usuário de cocaína. “No momento em que conversava com ele, ele estava se recuperando do efeito da droga e não tinha ainda entendido direito o que tinha acontecido nem que as crianças morreram”, disse.
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