No interior, vizinhos denunciam homem que beijava filha na boca e a tratava como esposa
A população reclama da ação policial, que poderia ter ocasionado a fuga de Edinaldo Nascimento Silva, 45 anos, acusado de abusar de duas enteadas e da filha em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Segundo a reclamação, a guarnição teria se “esquecido” de ir exatamente onde ele morava, no Bairro São Bento. Edinaldo permaneceu dois dias […]
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A população reclama da ação policial, que poderia ter ocasionado a fuga de Edinaldo Nascimento Silva, 45 anos, acusado de abusar de duas enteadas e da filha em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Segundo a reclamação, a guarnição teria se “esquecido” de ir exatamente onde ele morava, no Bairro São Bento. Edinaldo permaneceu dois dias trancado em casa, na Rua Schoychi Arakaki, e só saiu de lá na quarta-feira depois que a proprietária, dona Vera, chamou policiais militares que arrombaram a residência.
Os PMS encontraram o computador ligado e a frigideira ainda quente em cima do fogão, sinal de que fora usada a bem pouco tempo. Edinaldo é acusado de abusar de duas enteadas (de 12 e 14 anos) e de viver uma vida quase marital com a filha de 16 anos (S.R.T). Circulam informações de quem ele estaria escondido na região do Piqui, a 70 quilômetros da cidade, na saída para Maracaju.
O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar na segunda-feira pela mãe das meninas e pela dona da casa alugada por Edinaldo que morava com as filhas, mantidas isoladas, trancadas na residência. O fato foi comunicado à Polícia Civil no mesmo dia, no entanto, a delegada Debora Mazzola preferiu esperar o resultado do exame de corpo delito nas vítimas para só então colher os depoimentos, inclusive das testemunhas e do acusado.
A justificativa dada aos conselheiros tutelares é de que este é o procedimento de praxe nestas situações, além do que a equipe estaria mobilizada num flagrante. Dona Vera em entrevista que concedeu ao repórter Rodrigo Andrade, diz com todas as letras ter testemunhado diversas vezes (junto com outros vizinhos) Edinaldo beijando na boca a filha de 16 anos, trocando carícias, colocando ela no colo só de calcinha e soutien, num comportamento impróprio entre “pai e filha”.
Este excesso de formalismo da Polícia Civil (que por vezes beira a pura a má-vontade) tem limitado a atuação dos conselheiros tutelares em situações de abusos contra menores e adolescentes. Na madrugada de quarta-feira, por exemplo, foi preso pela 11ª vez, por prática de furto, um menino de 13 anos conhecido como Neguinho, que seria dependente químico.
A Polícia Civil foi comunicada, o agente de plantão não conseguiu falar por telefone com a delegada e com isto não teve autorização para tomar providência. Sequer for aberto inquérito para apurar denúncias de que um professor de uma escolinha de futebol estaria abusando de crianças e adolescentes, seus alunos.
O mesmo destinou teve o caso de um homem com mais de 40 anos, que estaria assediando uma adolescente. Confira a entrevista de dona Vera na qual ela relata a forma estranha como seu ex-inquilino se relacionava com as menores.
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