No Dia Mundial da Biodiversidade, Rio faz repovoamento de peixes

O Dia Mundial da Biodiversidade, celebrado hoje (22), foi marcado pelo início da quarta etapa de repovoamento de peixes no Rio Paraíba do Sul, no sul do estado. A ação foi promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que pretente realizar até o próximo dia 6 de junho mais três ações, quando 44 mil filhotes […]

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O Dia Mundial da Biodiversidade, celebrado hoje (22), foi marcado pelo início da quarta etapa de repovoamento de peixes no Rio Paraíba do Sul, no sul do estado. A ação foi promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que pretente realizar até o próximo dia 6 de junho mais três ações, quando 44 mil filhotes de peixes serão soltos.

O programa de repovoamento foi lançado após o vazamento de 8 mil litros do inseticida endosulfan, produzido pela empresa agroquímica Servatis, no município de Resende, no dia 18 de novembro de 2008. O acidente que atingiu o Paraíba do Sul, em uma extensão de cerca de 400 quilômetros, provocou a morte de 150 mil toneladas de peixes. Responsável por 85% do abastecimento de água da região metropolitana do Rio, o Paraíba de Sul corta 37 municípios do estado.

De acordo com a presidenta do Inea, Marilene Ramos, mais de 1.700 pescadores, que sobrevivem exclusivamente da atividade no rio, foram afetados pelo acidente ambiental. Ela informou que o incidente ocorreu justamente no período reprodutivo dos peixes, o que comprometeu a produção nos últimos anos.

“Estamos tentando resgatar essa área, que ficou bastante comprometida após o acidente com a Servatis. Essas ações de repovoamento contribuem para a manutenção da biodiversidade e para a melhoria da produção pesqueira na região. Temos ainda a intenção de implementar medidas ambientais para preservar a vegetação das margens do Paraíba do Sul”, disse Marilene.

Nas novas operações de repovoamento foram utilizados 1.000 surubins-do-Paraíba, que constam da lista de espécies mais ameaçadas no estado, 2 mil curimbatás-de-lagoa, 1.000 piabanhas e 40 mil lambaris, todos fornecidos pela Estação de Hidrologia e Aquicultura de Paraibuna, das Centrais Elétricas de São Paulo.

O presidente da colônia de pescadores de Barra Mansa, Aurélio Dias, disse que aos poucos o trabalho dos pescadores vai voltando ao normal.

“Estamos bem contentes com essas medidas que estão sendo tomadas. Favorecem o meio ambiente e nos dão melhores condições para desenvolver o nosso trabalho, que ficou tão prejudicado nos últimos tempos”.

Os eventos que integram o Programa de Recuperação da Fauna Nativa do Rio Paraíba do Sul incluem a comemoração pelos seis anos do projeto de pesquisa e prevenção ambiental que monitora as águas do rio, desenvolvido pela Votorantim Siderúrgica em parceria com o Inea e a Fundação Educacional Ciência e Desenvolvimento, ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Até agora, foram realizadas três operações de repovoamento, em 2009, 2010 e 2012, que resultaram na soltura de cerca de 175 mil filhotes no Paraíba do Sul.

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