Neto diz que punição à Vila é exagero: ‘ninguém machucou o Ganso’

O zagueiro Neto, titular do Santos na vitória por 3 a 1 contra o São Paulo, no último domingo, na Vila Belmiro, minimizou a “chuva de moedas” de parte da torcida santista a Paulo Henrique Ganso, que voltou ao estádio 133 dias após ser negociado com o rival. O jogador alega que há “exagero” em […]

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O zagueiro Neto, titular do Santos na vitória por 3 a 1 contra o São Paulo, no último domingo, na Vila Belmiro, minimizou a “chuva de moedas” de parte da torcida santista a Paulo Henrique Ganso, que voltou ao estádio 133 dias após ser negociado com o rival. O jogador alega que há “exagero” em possível perda de mando de campo, pois Ganso não se machucou com o incidente ocorrido no intervalo do clássico.

“É um exagero, ninguém machucou o Ganso. Claro que ninguém gostou do que aconteceu porque é um atleta que esteve muito tempo aqui, mas ele foi para um rival nosso. Não podemos questionar, mas três partidas (de punição) é pesado, ninguém machucou ninguém. Jogaram moedas no campo, não feriram ele e nem ninguém”, amenizou o zagueiro.

Apesar da alegação, o centroavante são-paulino Luis Fabiano contrariou o discurso de Neto já no intervalo, ao classificar o fato como inadmissível e alegar ter sido acertado por uma das moedas.

O árbitro adicional nº 1, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, disse na súmula do jogo que “não presenciou” os arremessos de moedas, mas foi comunicado por fiscais da Federação Paulista de Futebol (FPF) e observou os objetos no gramado, próximo à entrada do túnel do vestiário do São Paulo. Já o nº 2, Marcelo Rogério, confirmou que “diversas” moedas foram jogadas contra Ganso quando o meia foi bater um escanteio.

Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o Santos pode ser punido pelo artigo 213-III: deixar de tomar providências para reprimir lançamento de objetos no campo. A pena é uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Se for considerado que o ocorrido causou prejuízo ao andamento do jogo ou foi de “elevada gravidade”, o clube também perde mando de campo de uma a dez partidas.

“Temos que vencer os jogos. O Santos jogou as finais no Morumbi ano passado, quando eu estava no Guarani, interfere pouca coisa. É mais o problema de se deslocar para jogar. Vamos sentir um pouco porque a Vila é a nossa casa, mas temos que vencer onde quer que seja”, afirmou.

O vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, condenou a “chuva de moedas” direcionadas ao meio-campista ressaltando ter conversado com integrantes das torcidas organizadas para que evitassem os incidentes que podem resultar na perda de mandos de campo.

Ao término do confronto, o atacante santista Neymar já havia reprovado a atitude da torcida, lembrando que o time poderia ser prejudicado com perdas de mando de campo. Já Ganso se irritou com as moedas e cobrou punição ao Santos na saída do gramado.

Nos arredores da Vila Belmiro, santistas centralizaram protestos ao jogador, alvo em um boneco com os dizeres “traíra” e de uma bandeira em formato de cédula, o chamando de “cisne”, termo provocativo ao apelido do camisa 8 e ao próprio rival.

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