Nem primos garantem apoio à candidatura de Nelsinho Trad para o governo

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), deve encontrar muita dificuldade na conquista por aliados rumo à pré-candidatura ao Governo do Estado em 2014. Contrariando algumas lideranças dentro do próprio PMDB, Nelsinho convenceu o partido a apoiá-lo, mas agora enfrenta uma verdadeira batalha para conquistar partidos. A dificuldade do ex-prefeito começa dentro de casa, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), deve encontrar muita dificuldade na conquista por aliados rumo à pré-candidatura ao Governo do Estado em 2014. Contrariando algumas lideranças dentro do próprio PMDB, Nelsinho convenceu o partido a apoiá-lo, mas agora enfrenta uma verdadeira batalha para conquistar partidos.

A dificuldade do ex-prefeito começa dentro de casa, onde ele não pode computar nem o apoio dos primos, deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) e vereador Paulo Siufi (PMDB). Mandetta já disse que está aliado com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e não garantiu apoio a Nelsinho. O deputado foi além e declarou que Nelsinho precisa primeiro convencer o próprio partido de que é o candidato.

Depois de Mandetta, foi a vez do vereador Paulo Siufi indicar que pode apoiar o senador Delcídio do Amaral (PT) em 2014. Ele foi um dos cinco vereadores que participaram de reunião ontem (2) com o senador para falar sobre a pré-campanha rumo ao Governo do Estado em 2014.

Questionado sobre uma possível saia justa com o partido e, principalmente, com o primo, Siufi foi direto. “Quem sabe não está sinalizando uma chegada do PMDB com PT, como é a nível nacional. Eu, como muitos, já fiz campanha em outrora para Delcídio senador. Eu tenho coragem de falar. Muitos do PMDB apoiaram Delcídio para senador. Eu não tenho vergonha. Apoiei como muitos vereadores e deputados”, confidenciou.

Siufi ressaltou que é um homem político, que tem o mandato próprio e seguirá o que entender como melhor, já que também disputará a eleição em 2014. Para sustentar a posição um tanto quanto polêmica, o vereador lembrou que o próprio governador André Puccinelli (PMDB) já deixou claro que se o PDMB de Mato Grosso do Sul não apoiar Dilma Rousseff (PT), pedirá afastamento.

“Política é assim: cada um toma seu rumo. A orientação partidária é importante desde que tenha uma motivação e uma via dupla. Não vejo problema nenhum em apoiar o Delcídio, assim como teve muita gente do PMDB que não apoiou o Edson Giroto (PR). Isso é normal. A política é dinâmica”, analisou.

Siufi fez questão de dizer que espera uma relação de ida e volta com o primo, embora não converse  com ele desde dezembro do ano passado. “Me relaciono bem com ex-prefeito e tenho defendido ele na Câmara. Fez uma excelente administração para Campo Grande e em muitos quesitos superou a administração de André Puccinelli. Mas, a política é dinâmica. Desde dezembro do ano passado não converso com ele. Tem que aproximar e fazer este tipo de ação no fim de ano. Provavelmente, está buscando apoio no interior. Na Capital tem gente que sente saudade e gosta dele”, concluiu.

Conteúdos relacionados