Nelsinho se nega a dar entrevista para falar sobre suspeita de apropriação de documentos

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), se negou a dar entrevista ao Midiamax para falar sobre as suspeitas de que ele teria levado documentos da prefeitura. O prefeito disse que os documentos são públicos e estão disponíveis no Diário Oficial, mas não quis falar com a reportagem. As suspeitas de que o prefeito […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), se negou a dar entrevista ao Midiamax para falar sobre as suspeitas de que ele teria levado documentos da prefeitura. O prefeito disse que os documentos são públicos e estão disponíveis no Diário Oficial, mas não quis falar com a reportagem.

As suspeitas de que o prefeito tenha se apropriado de documentos foram levantadas na Câmara quando o vereador Elizeu Dionízio (PSL) tentou defender Nelsinho das declarações da vereadora Luiza Ribeiro (MD). A vereadora informou que baseado em reportagens do Midiamax, solicitaria documentos da prefeitura para avaliar as compras de medicamentos nos últimos cinco anos em Campo Grande.

Elizeu disse que havia solicitado informações que não foram repassadas por Alcides Bernal (PP), segundo ele por incompetência. Porém, garantiu que Nelsinho teria lhe repassado todas as informações. A declaração causou estranheza nos vereadores da base de Bernal, que indagaram se Nelsinho teria levado documentos da prefeitura para a residência dele ao final do mandato.

O vereador Zeca do PT pediu explicações de Elizeu por entender que a história ficou muito mal contada. “Que documentos são estes tão importantes que podem servir de prova? Com certeza não são cópias. Está no mínimo muito esquisito. Os documentos são de responsabilidade da Prefeitura Municipal ou será que ele está com documento público na casa dele? Quer dizer que acaba o mandato e eu levo os documentos para casa?”, questionou.

Questionado sobre os documentos após pronunciamento na Câmara, Elizeu Dionízio disse que não tinha falado se os documentos eram ou não do Diário Oficial. A imprensa indagou se seriam documentos do Diário Oficial ou não, mas ele disse que não sabia.

Denúncias

O Midiamax revelou que a diferença de preços de 86 medicamentos comprados ou cotados por Nelsinho em 2012 chegou a 1.625%, se comparados as compras da atual gestão. Licitados pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), os medicamentos são destinados aos hospitais e postos mantidos pelo SUS de Campo Grande, e comprados os milhares de unidades, o que significa um custo de milhões de reais.

A variação investigada ocorreu em pregões já efetuados ou que seriam finalizados em 2012, mas foram cancelados por falta de tempo hábil para sua concretização em final de mandato do ex-prefeito.

O secretário de Saúde Ivandro Fonseca citou o exemplo das tiras de glicemias, que em uma das compras da gestão anterior, no total de R$ 1,8 milhão, teve registro de variação de preço de R$ 1,54 a R$ 1,84 para cada tira. Atualmente, Ivandro diz que as mesmas tiras custam de R$ 0,33 até R$ 0,70.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados