Nelsinho e Simone precisam convencer cúpula de que são capazes de derrotar Delcídio

Parlamentares entendem ser necessário analisar se há força suficiente para sustentar uma candidatura sem ameaçar representatividade do PMDB no legislativo

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Parlamentares entendem ser necessário analisar se há força suficiente para sustentar uma candidatura sem ameaçar representatividade do PMDB no legislativo

Os pré-candidatos do PMDB ao Governo do Estado e Senado, Nelsinho Trad (PMDB) e Simone Tebet (PMDB), terão uma difícil missão nos próximos meses: Eles precisam convencer o partido de que a candidatura deles decola e são capazes de derrotar o senador Delcídio Amaral (PMDB) e eventual candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

Entre os deputados, a candidatura própria do PMDB ainda não é dada como certa. Eles temem que um fracasso do candidato interfira diretamente na representatividade do partido no Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa. O marido da vice-governadora, deputado Eduardo Rocha (PMDB), defende candidatura própria. Porém, alerta que o partido precisa conversar com aliados e analisar se há força suficiente para sustentar uma candidatura forte.

O deputado admite que o senador Delcídio Amaral é o candidato mais forte para o Governo. Neste caso, em uma eventual aliança com o PT, seria ele o cabeça de chapa. A possibilidade de aliança não é descartada por Rocha. Ele entende que o partido também precisa se preocupar com as vagas para deputado e não pode se prejudicar.

Eduardo Rocha cita como exemplo a executiva nacional do PMDB, que optou por apoiar o PT para fortalecer o partido. “O PMDB nacional não lançou candidatura e hoje preside a Câmara e o Senado. Não podemos excluir a possibilidade de alianças nem com o Delcídio e nem com o Reinaldo”, analisou.

O deputado licenciado e secretário de Habitação, Carlos Marun (PMDB), tem pensamento semelhante ao de Eduardo Rocha. Ele lembra que ainda é muito cedo para o partido ter definições e acredita que há espaço para muitas conversas com aliados atuais e novos.

“Tem também, se for necessário, o espírito de renúncia. Vamos avaliar o que é melhor para o partido. Atualmente, ninguém tem vaga garantida. A única pessoa que tem vaga definida é o governador, se quiser disputar o Senado. Se ele não quiser, outros vão tentar. Temos o Edson Giroto (PMDB), o Geraldo Resende (PMDB). Eles com certeza vão enriquecer a disputa”, avaliou.

Na chegada ao encontro do diretório estadual do PMDB, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) deixou clara a indefinição dentro do partido. Ela explicou que tudo depende da decisão de André Puccinelli (PMDB), esclarecendo se concorre ou não a vaga de senador. Simone avalia que o partido só poderá tomar alguma decisão a partir do posicionamento de Puccinelli.

A vice-governadora entende que o partido tem que ter candidatura própria para não enfraquecer. Porém, admite que o PMDB terá que verificar se a candidatura própria se dá condição de crescimento. “Tem que ter candidatura própria. A não ser que não arranque e não consiga nem 30% dos votos”, opinou. A vice-governadora acredita que o partido começará a encomendar pesquisas até mensais para definir os rumos.

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), também tenta convencer o partido de que é o mais forte candidato na disputa. No aguardo de um cargo no Governo do Estado, Nelsinho informou que vai percorrer o interior do Estado para convencer o partido de que é possível fazer o sucessor de Puccinelli. O ex-prefeito garantiu que não sai do partido nem se não for o escolhido.

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