Nas ruas, campo-grandenses aproveitam feriado sem entender significado da celebração

Apesar de saberem que nesta sexta-feira, 15 de novembro, é feriado, muitos campo-grandenses não sabem o significado da Proclamação da República. A reportagem do Midiamax foi às ruas para tentar entender porque do desconhecimento por está parte da história do Brasil.

Além de não saber o significado da comemoração, o aposentado acredita que a data não faz diferença. “Tem muito feriado em nosso calendário. Para mim que sou aposentado não tem muita diferença”, afirma.

A estudante Maiara Garcia Magalhães, 19 anos, também desconhece o significado da data. “Não tenho noção”, admite. Ela acredita que a comemoração é desnecessária e que atrapalha o calendário escolar.

Trabalhador do ramo de construção, Hélio Kawahira, 60 anos, teve que buscar na memória para lembrar vagamente o significado da Proclamação da República. “No tempo do primário diziam que era quando o Brasil se tornou república. Mas não sei explicar de forma aprofundada”, afirma.

A advogada, Márcia Corrêa, 65 anos, é um das poucas que demonstrou conhecer mais sobre a data. “A Proclamação da República representa a liberdade dos cidadãos brasileiros. Antes disto, nós ainda vivíamos uma situação de colônia, apesar do império, éramos dependentes, exploravam nossa riqueza cultural e econômica. Foi o momento em que reconhecemos nossa soberania”, afirma.
No dia 15 de novembro, comemora-se a mudança do sistema político Brasileiro de monarquia para república. Nesta data, no ano de 1889, o então imperador Dom Pedro II foi deposto, e o país passou a ser governado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, um militar.

A aceitação do sistema republicano pela população decorreu de uma série de fatores: a falta de prestígio da monarquia, a ausência de iniciativas para o desenvolvimento do país, a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e de miséria, a tardia abolição da escravidão, que deixou descontentes os grandes proprietários rurais, que eram apoiadores do imperador, entre outros fatores.