Na iminência de conflito armado, Lula conversa com fazendeiros sobre questão indígena

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva que está em Campo Grande nesta quarta-feira (13), se reuniu com fazendeiros por volta das 10h, para ouvir reivindicações e tentar ajudar a conter um conflito armado que se avizinha. O presidente da Acrissul (Associação dos Criados do Estado) e produtor rural Francisco Maia, informou que é esperada […]

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O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva que está em Campo Grande nesta quarta-feira (13), se reuniu com fazendeiros por volta das 10h, para ouvir reivindicações e tentar ajudar a conter um conflito armado que se avizinha. O presidente da Acrissul (Associação dos Criados do Estado) e produtor rural Francisco Maia, informou que é esperada uma posição sobre a compra de terras até dia 30 de novembro e fez questão de ressaltar que se os índios já deixaram claro que vão reagir, os produtores estão preparados para resistir.

Maia disse que a reunião foi bastante produtiva. “Fizemos um relato amplo da situação ao presidente Lula. Ele disse ser conhecedor do problema a respeito do campo e que atinge a todos. Lula informou que amanhã ia ter uma reunião com Dilma e embora não tenha mais o cargo de governante, vai levar o relato porque acredita que a presidente precisa ter uma posição firme sobre o assunto”, disse Maia.

O presidente da Acrissul disse que foram encaminhados documentos das áreas, acordo do governo estadual com federal que não saiu da gaveta, tendo relatado ainda a ação ‘pirotécnica’ do Ministro da Justiça Eduardo Cardozo. Diante dos fatos, Lula teria dito que o campo precisa de paz para produzir.

Segundo Maia, o senador Delcídio do Amaral (PT) que também estava na reunião afirmou que vai pessoalmente falar com Dilma, para marcar uma reunião da bancada federal, cobrando uma saída mais contundente, uma vez que a única saída parece ser comprar as terras.

“Eu disse a eles que estamos mobilizados. Temos leilão marcado e vamos resistir a esses avanços dos índios. Ele (Lula) se preocupou e nos alertou que o mundo está de olho no Brasil, querendo achar um ponto fraco para iniciar uma guerra comercial e voltou a dizer que temos que achar um entendimento que dê paz para produzir”, conta Maia.

Na avaliação de Maia os produtores fizeram sua parte, exercitando o diálogo e lembrando que o marco temporal é dia 30 de novembro de 2013, para a compra da fazenda Buriti, em Sidrolândia – distante a 70 km de Campo Grande.

“Os índios vão reagir, mas o nosso grupo é da resistência. O ex-presidente está consciente disso, se preocupou com o possível embate e nós acreditamos que ele pode ajudar e vamos torcer para que isso aconteça. Não podíamos perder a oportunidade de um homem da posição dele interceder, mas não somos, não somos ingênuos de achar que só de conversar com ele o assunto está resolvido. Vamos torcer para que essa reunião da bancada coordenada pelo Delcídio faça a questão avançar e o governo decida já ir comprando as terras”, encerrou.

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