Mutirão agiliza atendimento e tenta prevenir avanço do câncer em Campo Grande

Com 250 novos casos de câncer de mama por ano e 200 de colo de útero, em Campo Grande, o Mutirão da Saúde da Mulher, realizado nesta sexta-feira (10), na Unidade de Saúde Básica Dona Neta, no Bairro Guanandi, tenta agilizar o atendimento da população campo-grandense. Segundo informações da enfermeira Mayara Mota, que é coordenadora […]

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Com 250 novos casos de câncer de mama por ano e 200 de colo de útero, em Campo Grande, o Mutirão da Saúde da Mulher, realizado nesta sexta-feira (10), na Unidade de Saúde Básica Dona Neta, no Bairro Guanandi, tenta agilizar o atendimento da população campo-grandense.

Segundo informações da enfermeira Mayara Mota, que é coordenadora do mutirão, o projeto acontece desde março de 2013. Só em abril, por exemplo, foram realizados 1.873 consultas; 508 exames de ultrassom; 309 exames “fique sabendo”, que diagnostica sífilis e HIV; 645 exames preventivos de colo de útero; 88 gestantes atendidas; e 21 pacientes encaminhadas, quando existe a necessidade de se fazer cirurgia ou acompanhamento ambulatorial.

Ainda de acordo com Mayara, a maior vantagem do mutirão é que as mulheres passam, no mesmo dia, por atendimento médico, exames e retorno. Se alguma doença for diagnosticada, a paciente é encaminhada no dia seguinte à tratamento especializado.

Com o objetivo de tentar conter o avanço do câncer de mama e de colo de útero na cidade, o mutirão da saúde é realizado todos os dias do mês, sendo que em cada dia, a equipe, formada por cerca de seis profissionais da saúde, trabalha em uma unidade diferente.

Na UBS Dona Neta, pelo menos 30 profissionais estão envolvidos no evento, que acontece até às 21h. Cerca de 90 pacientes serão atendidas ao longo do dia no evento que integra o programa Saúde em Ação, implantado na gestão do Prefeito Alcides Bernal. A edição de hoje do mutirão é realizada com o apoio da Associação de Moradores do Bairro Guanandi, que solicitou os serviços de Saúde para a comunidade.

Funcionamento

Mayara explica que o completo atendimento ao paciente funciona no mutirão, já que as mulheres conseguem ser atendidas em um único dia. “Pode demorar, às vezes, a tarde toda, mas não demora seis meses”, explica a enfermeira.

Ela conta que no sistema diário de atendimento, um exame preventivo poderia demorar até 180 dias para ser agendado. Isso porque a falha, de acordo com a profissional, está no Sistema de Regulação, que agendas as consultas.

O fato é comprovado pela cuidadora de idosos, Judite Alves Freitas, de 53 anos. Ela afirma que desde dezembro do ano passado tenta realizar um exame de ultrassom e não consegue. “Já fui no posto do Aero Rancho, do Nova Bahia e outros. Sempre tem a mesma desculpa, ou faltam médicos ou o equipamento está estragado”, revela.

“No mutirão, o atendimento está funcionando. Já fui atendida pelo médico, já fiz o preventivo e exame de sangue. Agora, estou aguardando o ultrassom”. Judite chegou ao posto às 12h e às 15h37 já havia passado por quase todos os atendimentos.

A copeira Tânia Pires, de 42 anos, também confirma o funcionamento do programa. “Se eu fosse marcar um exame ultra-vaginal no sistema normal, só ia conseguir em julho. Agora, com o mutirão, vou conseguir hoje”, comemora.

Com o mutirão da saúde, Mayara comenta que uma demanda de cerca de cinco mil exames transvaginal, registrada no Sistema de Regulação, deve ser reduzida. (Matéria editada às 17:10 para acréscimo de informação).

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