Mulheres e negros são maioria no setor de asseio e conservação
Uma das atividades econômicas que mais empregam trabalhadores com baixa qualificação, o setor de asseio e conservação é composto principalmente por mulheres e negros, das classes D e E. O perfil profissinal da categoria está descrito na pesquisa A Força do Setor-RJ, do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Uma das atividades econômicas que mais empregam trabalhadores com baixa qualificação, o setor de asseio e conservação é composto principalmente por mulheres e negros, das classes D e E. O perfil profissinal da categoria está descrito na pesquisa A Força do Setor-RJ, do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de Janeiro (Seac-RJ). Na avaliação do coordenador de Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Gabriel Ulissea, a pesquisa demonstra que entre a população com menos escolaridade, mulheres e negros estão “sobrerrepresentados”.
Ele explica que por motivos históricos e culturais, determinados perfis são predominantes em setores da economia. “As mulheres têm tradicionalmente inserção mais pronunciada em certos tipos de ocupação, como trabalho doméstico, prestação de serviços e serviços de baixa qualificação, embora isso esteja mudando.”
Segundo o economista, o trabalho no setor também atrai mais mulheres porque tende a ser menos intensivo em horas. “São jornadas que podem não chegar a oito horas (diárias), ou mais, onde é possível trabalhar em tempo parcial, e isso facilita a inserção de mulheres”, disse. De acordo com Ulissea, o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos também é uma preocupação delas. Segundo a pesquisa do Seac, as mulheres são 92% da mão de obra de limpeza e conservação.
Em relação à presença de negros no setor, que chegam a 62% dos empregados no Rio, o economista disse que há uma dificuldade de apontar a discriminação como um fator que atrapalha as contratações. No entanto, Ulissea explicou que, por estarem em maior quantidade entre a população mais pobre, os negros tendem a ter uma educação de menor qualidade.
“Como negros e mulheres negras, principalmente, estão sobrerrepresentados entre os mais pobres, é mais provável que tenha tido uma escolaridade de menor qualidade. Tem também a questão do ambiente familiar, se mora em comunidade, ou não. Ou seja, há uma série de componentes que se confundem”, disse. Para ele, a situação confirma “uma clara desigualdade de oportunidades”.
Notícias mais lidas agora
- Médica conta em julgamento que mãe não olhou para Sophia ao saber da morte e questiona reação
- Psicólogo constatou que mãe de Sophia teria Síndrome de Estocolmo após três sessões com a ré
- Ainda dá tempo: Negociação desconto do Refis termina na próxima sexta-feira
- Operação prende ladrões de shopping que roubaram R$ 600 mil de joalheria de Campo Grande
Últimas Notícias
“Se desconfiasse iria na polícia na hora”, diz mãe sobre Sophia ter sofrido abuso
Médico disse que a menina foi estuprada pelo menos 21 dias antes do crime
‘Ele é bravo’, dizia Sophia sobre o padrasto, segundo a mãe
Sophia foi morta e torturada aos 2 anos em janeiro de 2023
‘Fiquei em choque’, diz mãe de Sophia ao ser questionada por médica sobre reação atípica após notícia da morte
Médica pediatra disse que Stephanie ficou olhando para o celular ao invés de olhar para a filha após ser informada da morte
MPE pede a cassação de prefeito e vice eleitos em Nova Andradina
Caso denúncias sejam comprovadas, ambos perdem os cargos conquistados nas eleições municipais de 2024
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.