MS tem a pior geração de empregos formais em janeiro desde 2000

A geração de empregos em Mato Grosso do Sul ficou abaixo do esperado e já preocupa a economia regional. Em janeiro, a balança de vagas formais (relação entre contratados e demitidos em todos os setores da economia) ficou em apenas 384 empregos, pior resultado para o mês desde 2000. Para se ter uma ideia, em […]

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A geração de empregos em Mato Grosso do Sul ficou abaixo do esperado e já preocupa a economia regional. Em janeiro, a balança de vagas formais (relação entre contratados e demitidos em todos os setores da economia) ficou em apenas 384 empregos, pior resultado para o mês desde 2000.

Para se ter uma ideia, em janeiro do ano passado foram geradas 1.970 vagas formais no estado, índice 413% superior ao resultado deste ano. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado na tarde desta sexta-feira (22).

“Acredito que sentimos ainda mais forte os efeitos da crise mundial, quando o empresário começa a segurar, e acaba contratando menos”, explicou o economista Áureo Torres.

Ainda de acordo com Torres, o resultado de janeiro foi péssimo, porém ainda é cedo para se avaliar a tendência durante o restante do ano. “Mas é preciso se estudar esse balanço ruim, avaliar os problemas, para que se possa melhorar”, frisou.

 O economista segue otimista, mas afirmou que se os índices de geração de emprego se mantiveram semelhantes a janeiro no restante do ano, MS pode ter sérios problemas no mercado de trabalho.

O setor que se destacou mês passado em MS foi a construção civil, que contratou 993 pessoas a mais do que demitiu. Já o comércio pesou contra, demitindo 471 pessoas a mais do que admitindo.

O Caged realiza o balanço entre contratados e demitidos desde 1996. O melhor resultado regional foi em 2007, quando foram contratados 4.818 pessoas a mais do que demitidas.

No País

Em janeiro deste ano, foram criados no país 28,9 mil empregos com carteira assinada. Isso representa uma queda de 75,7% na comparação com janeiro de 2012, quando foram abertas 118.895 vagas formais de trabalho.

É também o pior resultado, para meses de janeiro, desde 2009, quando foram fechadas 101.748 vagas. Naquele momento, o país passava pela primeira etapa da crise financeira internacional.

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