MP prorroga pela 3ª vez prazo para concluir investigação em obras no HR

O MPE (Ministério Público Estadual) publicou no diário oficial desta sexta-feira (24) a terceira prorrogação para conclusão do inquérito civil 66/2011, instaurado pra apurar eventuais irregularidades e obras realizadas no Hospital Regional Rosa Pedrossian em Campo Grande. Com data para encerrar em 2011, até agora diversos setores passam por reforma e deixam pacientes sob o […]

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O MPE (Ministério Público Estadual) publicou no diário oficial desta sexta-feira (24) a terceira prorrogação para conclusão do inquérito civil 66/2011, instaurado pra apurar eventuais irregularidades e obras realizadas no Hospital Regional Rosa Pedrossian em Campo Grande. Com data para encerrar em 2011, até agora diversos setores passam por reforma e deixam pacientes sob o descaso da superlotação.

O HR é 100% regulado, isto é, só atende pacientes encaminhados pela central de regulação. Em 2011 o diretor geral Ronaldo Perches informava que a falta e leitos seria provisória, devido à reforma.

Entretanto, realidade é bem diferente. Ilhas de UTI que deveriam ter sido entregues em 2011, ainda aguardam reformas de outros setores para serem liberadas. A reforma do PAM (Pronto Atendimento) se arrasta há três anos e a cada mês tem um novo prazo de entrega.

Em janeiro de 2013, a promotora de Justiça Paula Volpe esteve vistoriando o Hospital confirmou todos os descasos e problemas que vem sendo divulgados pelo Midiamax há pelo menos dois anos.

Durante a inspeção, inúmeras irregularidades foram constatadas como uma grande quantidade de leitos improvisados pelos corredores, fichas de identificação e prontuário colados nas paredes, emergência superlotada, pacientes idosos e com problemas graves de saúde aguardando dias para serem transferidos para um quarto.

A coordenadora do Pronto Atendimento, Marli Arruda Caxias, informou à época que não tinha como resolver a situação. “Isso me incomoda sim, mas eu, particularmente, não tenho como resolver o problema da superlotação. O que a gente pode fazer é atender de forma improvisada, mas sem deixar de receber os pacientes”, declarou Marli.

Além disso, a promotora foi informada que um dos principais motivos para a demora na entrega das obras é a grande quantidade de aditivos. “Conversei com o pessoal da licitação e a reclamação deles é que o principal atraso é devido aos aditivos. Os servidores contam que como eles são muitos, isso muda o projeto original da engenharia a toda hora”, disse Volpe, classificando a situação do HR como preocupante.

Questionada em janeiro de 2013 se o tempo de três anos não seria suficiente para terminar as obras do Pronto Atendimento, por exemplo, a promotora emendou dizendo, “mais que razoável, eu presumo”.

O inquérito está sob responsabilidade da 49ª Promotoria de Justiça, de Campo Grande.

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