Morte de ator põe em xeque continuidade de “Glee”

A morte do ator Cory Monteith, a poucas semanas do início da produção da quinta temporada de “Glee”, causou um desafio para os criadores da série, num momento em que o programa precisava dar uma sacudida no marasmo. O canadense Monteith, de 31 anos, que foi achado morto no sábado em um quarto de hotel, […]

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A morte do ator Cory Monteith, a poucas semanas do início da produção da quinta temporada de “Glee”, causou um desafio para os criadores da série, num momento em que o programa precisava dar uma sacudida no marasmo.

O canadense Monteith, de 31 anos, que foi achado morto no sábado em um quarto de hotel, era parte do elenco original da comédia musical, além de ser estratégico na mensagem de tolerância transmitida pelo programa. Fora das telas, ele mantinha um relacionamento com outra protagonista da série, Lea Michele, seu par romântico na trama.

Não está claro o que aconteceria com o casal da ficção na quinta temporada. Executivos da Fox Broadcasting disseram que não vão comentar o futuro da série, que voltaria a ser produzida neste mês.

Meses atrás, a Fox renovou a produção de “Glee” por mais duas temporadas, prevendo manter a série no ar até 2015. Mas os produtores já enfrentavam problemas mesmo antes da morte de Monteith.

Depois de chegar a uma média de 10,1 milhões de espectadores por episódio em 2010, segundo dados da Nielsen, a audiência minguou. A quarta temporada, encerrada em maio, teve o pior resultado de todas: 8,7 milhões de espectadores por episódio.

“O programa estava ficando sem tramas e meio que chegando ao fim tematicamente…, e a morte de Cory é uma enorme perda para o programa”, disse Ian Drew, diretor de entretenimento da Us Weekly.

A causa da morte de Monteith ainda não foi determinada — os resultados da autopsia feita na segunda-feira devem levar alguns dias. Mas o ator falava abertamente sobre seus problemas de dependência, e em abril concluiu um tratamento voluntário em uma clínica de desintoxicação.

“Glee”, no ar desde 2009, é uma comédia juvenil com toques motivacionais, que mostra estudantes que se juntam para formar um conjunto vocal. Monteith interpretava Finn Hudson, o galã da série.

“Ele era na verdade o centro do programa em termos de promover a tolerância”, disse o crítico de TV David Bianculli. “Quando seu personagem começou, ele era o fortão que por acaso cantava. Acabou gostando dos desajustados, amando-os, permanecendo com eles e afinal ensinando-os.”

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