Epidemia de dengue preocupa os moradores, que tiraram entulho das casas e quintais para que a prefeitura recolhesse o material.

Com mais de 11.425 casos notificados de dengue até o dia 24 de janeiro deste ano, a prefeitura realiza mutirões pela cidade para limpar terrenos baldios e quintas de Campo Grande. No bairro Vila Almeida, entretanto, os moradores reclamaram que aguardam há mais de duas semanas pela passagem do caminhão para recolher os entulhos.

“Se eu soubesse que deixariam na rua, eu deixava no meu quintal mesmo até passarem para recolher. Disseram que passariam em três dias, mas até agora nada. E é perigoso porque à noite podem passar de carro ou moto pela rua e bater nesse lixo todo”, reclama o padeiro Reginaldo dos Santos.

A atendente de telemarketing Dáfine Leite Martins também reclamou da demora. “Falaram em uma semana, mas já passam de duas. Não adianta a gente tentar ajudar para ficar este monte de lixo na rua. Passa o fumacê todos os dias, mas todo mundo sabe que não é suficiente”.

Dados do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti ) de dezembro revelou que nove bairros estão em situação de risco: Santo Amaro, Noroeste, Veraneio, São Conrado, Tiradentes, São Lourenço, Itamaracá, Universitário e parte do São Conrado.

Na região do Santo Amaro, também há acúmulo de entulho nas ruas. A assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Grande informou que os bairros estão na lista de programação de limpeza, mas com data ainda a ser confirmada.

Nos bairros, TVs, sofás e telhas, além de lixos diversos, somam aos entulhos de galhos nas ruas. Segundo os moradores, o pedido foi feito pela equipe de limpeza da prefeitura, que informou que recolheria o material todo.

Em nota, a assessoria relatou que o acúmulo de lixo na rua só deve ocorrer mediante orientação das equipes do CCZ, que realizam ação conjunta com a Seintrha.

Sem a orientação do CCZ, as ações são incorretas e não devem acontecer, pois é necessária uma programação para que os entulhos sejam recolhidos.