‘Meu pai era muito carinhoso’, diz filha de piloto da aeronave que caiu no Pantanal

Cinco dias após a queda do monomotor no Pantanal que matou cinco pessoas, a estudante Caroline Maciel de Almeida, 19 anos, ainda tenta superar o acidente que tirou a vida do pai, Ricardo Jardim de Almeida, 48 anos, da madrasta, Fernanda Braga dos Santos, 35 anos e da irmã, de pouco mais de um ano. […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Cinco dias após a queda do monomotor no Pantanal que matou cinco pessoas, a estudante Caroline Maciel de Almeida, 19 anos, ainda tenta superar o acidente que tirou a vida do pai, Ricardo Jardim de Almeida, 48 anos, da madrasta, Fernanda Braga dos Santos, 35 anos e da irmã, de pouco mais de um ano. “Não sei muito bem o que falar. Está muito difícil sem eles”, diz Caroline.

Segundo a estudante, os pais se separaram há mais de dez anos, mas a relação dela e do irmão, Pedro Cândido de Almeida Neto, 18 anos, com o pai sempre foi de muito afeto. “Meu pai era muito carinhoso, sempre tentava fazer com que estivéssemos presente na vida dele”, conta Caroline.

Definido pela filha como “viciado em aviação”, o entusiasmo pelo avião unia pai e filho. “Meu pai era viciado em aviação e toda semana meu irmão voava com ele, quando ele estava treinando”, relembra.  No dia do acidente, o monomotor era pilotado por Ricardo. A família havia saído do aeródromo Teruel, em Campo Grande e seguia para a fazenda Santa Gertrudes, em Corumbá.

Já com Caroline, os negócios uniam pai e filha. Ricardo que tinha uma empresa de elevadores estava ensinando o trabalho para a filha. “Ele estava me ensinando a cuidar da empresa da família”, comenta. Ricardo também é lembrado como um pai que não descuidava da educação dos filhos. “Ele sempre estava cobrando. Pegando no meu pé sobre a faculdade”.

Sobre a irmã, que viu nascer, Carolina diz que era muito ligada à bebê. “Eu era apaixonada por ela, bem próxima mesmo. Minha madrasta fazia de tudo para nos fazer presentes na vida dela”, finaliza.

Acidente – Além do casal e do bebê, também morreram no acidente a babá da criança, Michele Dias Marques, 18 anos e um funcionário da fazenda, Rudney Joca Monteiro, 50 anos.

Segundo a FAB, o avião saiu às 5h30 do sábado (19) e por volta das 8 horas foi dado como desaparecido. A FAB foi acionada para procurá-lo e às 17 horas, uma aeronave civil avistou os destroços do avião e os corpos carbonizados, no Pantanal, a 140 km de Campo Grande. As buscas envolveram dois helicópteros, uma aeronave e 22 militares do Esquadrão Pelicano.

Conteúdos relacionados