Mesmo depois de pior ano na elite, Federer refuta aposentadoria
No final de uma temporada em que foi mero coadjuvante na elite do tênis e que foi encerrada por mais uma derrota diante de Rafael Nadal, seu maior ”carrasco” (22 vitórias em 33 partidas), Roger Federer tinha todas as razões para o ar cabisbaixo e as pontas de irritação que mostrou neste sábado durante a […]
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No final de uma temporada em que foi mero coadjuvante na elite do tênis e que foi encerrada por mais uma derrota diante de Rafael Nadal, seu maior ”carrasco” (22 vitórias em 33 partidas), Roger Federer tinha todas as razões para o ar cabisbaixo e as pontas de irritação que mostrou neste sábado durante a entrevista coletiva na 02 Arena. Inclusive para rechaçar a ideia de que os maus resultados podem acelerar uma aposentadoria.
”Rafa foi melhor jogo e mereceu vencer, mas tive minhas chances também. Saio de Londres mais otimista, porque joguei três semanas consecutivas sem ficar acabado. Para mim é simples: jogar tênis é o que faço desde garoto, é algo que está no meu DNA. Praticamente comecei a andar aos mesmo tempo em que peguei na raquete. Minha vida não se resume ao tênis, mas enquanto tiver a chance de poder escolher ficar no esporte, vou continuar jogando”, afirmou o suíço.
Em 2013, Federer conquistou apenas um título e não fez sequer uma final de torneios do Grand Slam – o suíço é o recordista de número de conquistas, com 17. em apenas quatro de apenas 15 partidas contra jogadores top 10 em 2013.
Mas Federer parece estar pesando as consequências das diferenças da aposentadoria de atletas de alto nível para trabalhadores mais comuns, marcada especialmente pela idade muito menor com que veteranos de quadras cruzam os braços. “Quando paramos, ainda somos jovens e fica na cabeça se realmente vale a pena parar enquanto ainda temos condições de continuar. O tênis para mim hoje é diferente de quando tinha 12 anos em termos de objetivos mas ainda é algo que gosto demais de fazer”, completou o suíço, de 32 anos.
Pelo menos na quadra da 02 Arena, porém, os cinco anos de diferença dele para Nadal pareceram o dobro. Os dois rivais tiveram trajetórias opostas em 2013, com o espanhol voltando de sete meses de ”estaleiro” de forma arrasadora: 10 títulos, incluindo Roland Garros e o US Open, e o posto de número um do mundo. No início da semana, Nadal tinha 71 vitórias e apenas seis derrotas na temporada.
Federer, ainda que com o desconto dos problemas nas costas chegou a Londres com 43-15 e fechou a temporada com 45-17, em 17 torneios, apenas um a menos que Nadal. Os 72,8% de aproveitamento são seu pior índice desde 2001, temporada em que registrou 70%, com 49 vitórias e 21 derrotas. A vontade de deixar 2013 para trás ficou evidenciada pelo fato de que a entrevista coletiva de Federer ocorreu menos de meia-hora após o jogo e de que ele já chegou de vestindo jeans e camiseta, em vez do obrigatório abrigo esportivo.
“Não vou ficar pensando muito no que passou, apesar de obviamente você ainda ficar bom algumas coisas na cabeça. O momento agora é para descansar o corpo e a cabeça e pensar no próximo ano. Uma temporada satisfatória precisa incluir pelo menos uns cinco títulos. E sair de um torneio como vencedor é algo que sempre vai te dar satisfação”, explicou Federer.
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