Médicos fazem orientações gratuitas a população como forma de protesto

Cerca de 60 profissionais da saúde estão reunidos na Praça Ari Coelho, em Campo Grande fazem protesto contra o Programa Mais Médicos e os vetos presidenciais ao Ato Médico. Duas tendas foram montadas no local para os médicos realizarem atendimento para a população campo-grandense. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (SinmedMS), Marco Antônio Leite […]

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Cerca de 60 profissionais da saúde estão reunidos na Praça Ari Coelho, em Campo Grande fazem protesto contra o Programa Mais Médicos e os vetos presidenciais ao Ato Médico.

Duas tendas foram montadas no local para os médicos realizarem atendimento para a população campo-grandense.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (SinmedMS), Marco Antônio Leite o baixo número de profissionais no protesto é porque a categoria não está acostumada ir para as ruas para fazer manifestações. “O médico está aprendendo a se mobilizar, até atingimos um número recorde de profissionais da classe”, afirma Leite.

Em Campo Grande a categoria está na sua quarta mobilização atendendo à convocação da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) para suspender as atividades na rede pública, exceto nos serviços de urgência e emergência.

Durante a manifestação os médicos não abordam as pessoas que passam pelo local e muitos não sabem qual o motivo que os profissionais estão na praça. Marco Antonio Domingo, 37 anos, tratorista em uma chácara na saída de São Paulo, ficou curioso com a mobilização e quis saber qual o motivo de tantos profissionais reunidos. Para ele é preciso melhorar a saúde pública, pois ele anda 3 km para ir ao posto de saúde pegar encaminhamento para atendimento no CEM (Centro de Especialidades Médicas).

“No posto o atendimento sempre é precário, se precisar do serviço a gente morre e se melhorar é bom para todo mundo”, alega Marco Antonio. Segundo Marco Antonio ele aguarda para realizar um exame de tomografia há nove meses, pois precisa do resultado para realizar uma cirurgia. Para o tratorista se a mobilização dos médicos é para melhoria da saúde ele apoia a classe, “Eu não sei a causa deles, mas se melhorar o atendimento é bom para todos”, conclui.

Os médicos cobram investimentos, da ordem de 10%, da receita bruta da União, na saúde pública e a questiona também sobre o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras).

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