Marinha treina segurança para Copa das Confederações

Cerca de 2.500 militares da Marinha participarão do esquema de segurança em três das seis cidades que sediarão jogos da Copa das Confederações: Rio de Janeiro, Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Na capital baiana, a Marinha ficará no Comando Coordenador da Defesa. Serão empregados navios, lanchas-patrulha e helicópteros. Durante o torneio, que ocorrerá de 15 […]

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Cerca de 2.500 militares da Marinha participarão do esquema de segurança em três das seis cidades que sediarão jogos da Copa das Confederações: Rio de Janeiro, Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Na capital baiana, a Marinha ficará no Comando Coordenador da Defesa. Serão empregados navios, lanchas-patrulha e helicópteros. Durante o torneio, que ocorrerá de 15 a 30 de junho, todos os 50 fuzileiros navais que integram o Grupo Especial de Retomada e Resgate do Batalhão de Operações Especiais, tropa de elite da Marinha, serão deslocados para Brasília. A tropa, cujo quartel fica em Campo Grande, na zona oeste do Rio, é especializada em retomada do controle de instalações e resgate de reféns.

“Ficaremos de prontidão em Brasília e poderemos ser acionados para atuar rapidamente em qualquer uma das cidades-sede da Copa das Confederações”, explicou o capitão de fragata fuzileiro naval Rogerio Lage, comandante do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais.

Nesta segunda-feira, 27, cerca de 80 fuzileiros navais participaram de um treinamento para ações de segurança da Copa das Confederações. Foi realizada uma ação de controle de distúrbios, que contou com o apoio de dois blindados sobre rodas chamados Piranha. Para controlar um suposto conflito entre dois grupos dentro de um estádio de futebol, os militares inicialmente formaram um pelotão em linha reta. Para separar os dois grupos envolvidos na confusão, os fuzileiros se dividiram e marcharam em forma de cunha (em “V”). Neste tipo de ação, os militares são equipados com colete à prova de balas, capacete com viseira, escudo, cassetete, perneira e cotoveleira. Em caso de necessidade, são empregados armamentos não letais para dispersar a multidão.

O segundo exercício foi uma simulação de controle de trânsito, na qual o carona de um carro suspeito tentou escapar do cerco. Para imobilizá-lo, os militares empregaram um rottweiler com focinheira, já que o objetivo não é ferir o fugitivo. Também foi utilizado um pastor malinois, um cão de faro treinado para localizar drogas ou explosivos no veículo.

Em seguida, os militares fizeram uma demonstração de emprego de armamento não-letal, com disparos de balas de borracha contra um alvo. Por fim, foi realizada uma simulação de retomada de instalações e resgate de um atleta que era mantido refém. Inicialmente, homens do Grupo Especial de Retomada e Resgate realizaram ação de reconhecimento para identificar o local exato do cativeiro, numa espécie de favela cenográfica. Enquanto isso, atiradores de precisão (os “snipers”) se posicionaram à distância para dar cobertura à equipe. Um dos dois sequestradores, representado por um boneco, apareceu numa laje próxima, e foi atingido na cabeça pelos snipers. Logo em seguida o cativeiro foi invadido. Para desorientar o segundo sequestrador, foram utilizadas granadas de luz e som. O exercício terminou com o resgate do suposto refém com sucesso.

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