Mão de obra no Sudeste e Centro-Oeste compromete cerca de 20% da receita da pecuária leiteira
O aumento do salário mínimo federal para R$ 678,00 a partir de janeiro de 2013 (reajuste de 9%) traz à tona, mais uma vez, o peso da mão de obra na atividade leiteira. Nos estados do Centro-Oeste e Sudeste este peso é maior, comprometendo cerca de 20% da receita obtida com a venda do leite. […]
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O aumento do salário mínimo federal para R$ 678,00 a partir de janeiro de 2013 (reajuste de 9%) traz à tona, mais uma vez, o peso da mão de obra na atividade leiteira. Nos estados do Centro-Oeste e Sudeste este peso é maior, comprometendo cerca de 20% da receita obtida com a venda do leite. Nos estados do Sul, onde existe uma maior escala de produção e também grande participação da mão de obra familiar, a contratação de funcionários compromete em torno de 10% da receita do leite.
Paralelamente ao custo, o produtor enfrenta a dificuldade de encontrar profissionais especializados – reclamação constante! E quando encontra bons trabalhadores, precisa pagar salários elevados, dada a disputa por seus serviços.
A pesquisa de custos de produção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostra que, dos 19 painéis (reuniões de pesquisadores com produtores e técnicos locais) realizados nos seis principais estados (GO, MG, PR, RS, SC e SP), 95% conta com ordenha mecanizada – o parâmetro de produtividade para a ordenha manual e mecânica são, de pelo menos, 150 e 350 litros, respectivamente. O estado de São Paulo foi o que apresentou a menor produtividade da mão de obra, apenas 170 litros/homem.dia. No outro extremo, Paraná foi o estado mais eficiente, com 700 litros, seguido pelo RS e MG, com 345 e 320 litros, respectivamente. GO e SC, que completam a pesquisa, tiveram médias de 240 e 195 litros.
Essa relação entre desembolso com mão de obra e produtividade indica a necessidade de elevação na eficiência produtiva, de modo a ser diluído o peso dos salários no custo de produção. A utilização de máquinas e equipamentos mais práticos, treinamento constante da mão de obra, estruturação e análise de indicadores relacionados ao uso do maquinário e insumos são algumas iniciativas que podem auxiliar o produtor a melhorar a produtividade de seus colaboradores.
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