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Manutenção dos indicadores sociais exige crescimento do PIB acima de 3% ao ano

Se o Brasil quiser manter o avanço dos indicadores sociais registrado entre 1970 e 2011, terá de perseguir um crescimento econômico acima de 3% ou 5% por ano. A conclusão é do estudo Desenvolvimento Social no Brasil, apresentado hoje (15) no 25º Fórum Nacional, no Rio, pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor técnico do […]
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Se o Brasil quiser manter o avanço dos indicadores sociais registrado entre 1970 e 2011, terá de perseguir um crescimento econômico acima de 3% ou 5% por ano. A conclusão é do estudo Desenvolvimento Social no Brasil, apresentado hoje (15) no 25º Fórum Nacional, no Rio, pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor técnico do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).

Segundo ele, o grande progresso social apresentado pelo Brasil nos últimos 40 anos está acoplado ao próprio crescimento econômico do país. “Quando o desempenho da economia cai, a tendência dos indicadores sociais é empobrecer, é perder força”, disse Albuquerque à Agência Brasil.

Os números mostram que nos anos de 1970, que tiveram forte expansão econômica, o indicador de desenvolvimento social cresceu 4% ao ano, enquanto no período de 1990 a 2000, considerado sombrio para a economia brasileira, o crescimento de vários indicadores foi negativo, entre eles os de emprego e de educação, ressaltou o economista.

Na avaliação do diretor do Inae, a retomada registrada a partir de 2000 até 2010 não foi, porém, suficiente para preencher a lacuna existente. “De forma que no período todo (de 1970 a 2011), o crescimento do indicador social chave, que é o Índice de Desenvolvimento Social (IDS), foi apenas de 2% ao ano”. Isso explica, segundo ele, o atraso brasileiro com relação a outros países que tiveram um desempenho melhor, tanto econômico como social.

Roberto Albuquerque não tem dúvidas que a alavancagem do crescimento social requer que o país volte a crescer de maneira significativa. Uma condição, inclusive, para manter os atuais níveis de pobreza, que são muito baixos, indicou. “Na medida em que não houver um crescimento de 3%, 4% ou 5% ao ano, pelo menos, a tendência vai ser deterioração. Inclusive, das indicações de pobreza e de pobreza crítica”.

O economista reiterou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, é vital para que os ganhos obtidos pelo Brasil em redução da desigualdade e da pobreza, “no mínimo, se estabilizem”.

O estudo mostrou que houve uma convergência do avanço social por regiões do país no período pesquisado. “O Nordeste cresce mais em desenvolvimento social que a média do país. O Centro-Oeste, sobretudo, cresce muito. Então, houve uma convergência, do ponto de vista espacial”. Entre 1970 e 2010, o IDS do Nordeste evoluiu 3,2% ao ano, passando da nota 1,90 para 6,83, e o do Centro-Oeste, 2,4% ao ano (de 3,28 para 8,46). “As regiões do Nordeste, Norte e Centro-Oeste apresentam maior rapidez no seu processo de evolução social”, disse.

Os indicadores sociais na área rural, embora ainda permaneçam distantes dos observados no meio urbano, cresceram mais do que esses últimos, ressaltou Albuquerque. “Essa é uma indicação positiva e importante. Está havendo uma convergência de indicadores”. O Índice de Inclusão Social (IIS) urbano foi 2,12 vezes superior ao rural, em 2001. Esse hiato diminuiu para 1,61 em 2011, o que mostra que a defasagem entre os IIS do meio urbano brasileiro e do meio rural caiu 23,9% no período.

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