Com cartazes contra a corrupção, aproximadamente 200 manifestantes começam a se concentrar na Câmara Municipal para o quinto protesto na Casa de Leis. Eles prometem manifesto pacífico e estão em busca de três pautas prioritárias.

Um dos organizadores do ato, o estudante Vitor Samudio relatou que uma das metas é acompanhar a cotação do projeto, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro (MD), que implanta a Lei da Ficha Limpa entre o primeiro escalão e comissionados da Prefeitura de Campo Grande e da Câmara.

Os manifestantes também cobram “ações mais efetivas da CPI da Saúde” e mais debate sobre a qualidade e a tarifa do transporte público na Capital. Por enquanto, o prefeito Alcides Bernal (PP) anunciou queda R$ 2,85 para R$ 2,75. 

Por meio de cartazes, os manifestantes destacam outros questionamentos. Entre as frases: “Preparem-se políticos inertes e corruptos, o gigante acordou”; “Senhores vereadores, quando foi que concordamos com o salário de R$ 15,33 mil, equivalente a 8,9 vezes a mais que o da população? Ou é muita cara de pau ou falta de humanidade”.

Apesar da pressão, os manifestantes prometem acompanhar a sessão sem vaias e afastam baderna. “Combinamos que o ato seria pacífico, vamos apenas acompanhar a votação do projeto Ficha Limpa”, disse um manifestante que preferiu não se identificar. Na quinta-feira passada (20), primeiro dia dos protestos na Capital, ele distribuiu pão como maneira de criticar o café de luxo dos vereadores.

Na noite de sexta-feira passada (21), alguns manifestantes chegaram a depredar o prédio da Câmara. Por isso, hoje, a entrada para o plenário é pela porta lateral. A principal está sendo recuperada dos estragos.