Mandetta joga culpa na União para não equipar o SUS e cita que havia lista de prioridades
Os vereadores da CPI da Saúde questionam o ex-secretário municipal de Saúde e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) porque quando estava no cargo ele não conseguiu equipar as unidades de saúde que atendessem a rede pública, enquanto o ex-diretor do Hospital do Câncer Adalberto Siufi, conseguia equipar a sua ex-clínica Neorad e tratar todos […]
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Os vereadores da CPI da Saúde questionam o ex-secretário municipal de Saúde e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) porque quando estava no cargo ele não conseguiu equipar as unidades de saúde que atendessem a rede pública, enquanto o ex-diretor do Hospital do Câncer Adalberto Siufi, conseguia equipar a sua ex-clínica Neorad e tratar todos os pacientes da fila.
Mandetta disse que discordava deste raciocínio e que a culpa era da União que não enviava recursos o suficiente para tudo o que precisava. Ele relembrou que a bancada federal chegou a conseguir recursos para os postos de saúde dos bairros Coronel Antonino, Vila Almeida e Moreninhas.
“Não era só o câncer que precisava ser tratado. Há uma lista de prioridades, como a redução da mortalidade infantil, aumentar o número de pré-natais e inclusive durante a minha gestão na secretaria estávamos com a Santa Casa fechada”, ressaltou o parlamentar.
Um dos questionamentos foi sobre o equipamento da oncologia do Hospital Universitário da UFMS, Bomba de Cobalto, que estragou e que não sendo substituída não pôde realizar novos tratamentos e os pacientes continuavam a serem encaminhados para a Neorad.
“Na época até tentamos com o Ministério da Saúde uma nova bomba, mas ele não aceitou mandar outra porque disse que Campo Grande já tinha o mesmo aparelho no Hospital do Câncer [que servia à Neorad], no Hospital Regional e em Dourados, número acima que em outros estados e que só daqui a 20 anos que iriam mandar outra”, argumentou Mandetta.
Antes desta negativa do Ministério da Saúde, Mandetta disse que teve uma reunião em Campo Grande com representantes de lá e que foi avisado que a Bomba iria estragar. “Então falaram que iriam mandar dinheiro para uma nova, chegaram a mandar R$ 237 mil, mas não tínhamos dinheiro para pagar o frete do Canadá até aqui e perdemos a compra”, relembrou.
Com isso, o ex-secretário afirmou que uma nova tentativa foi feita para ter acesso a nova Bomba de Cobalto oferecendo a troca do aparelho de Hemodinâmica por ela, mas que não foi aceito e depois de tudo negado a vinda de uma nova.
Mandetta ainda chegou a defender Adalberto Siufi, levantando a questão de que será que este era tão influente assim para que o Ministério não trocasse a bomba. “Será que no Ministério tem algum sócio da Neorad? Tínhamos uma fila que as pessoas ficavam até 120 dias para conseguir tratamento na rede pública”, concluiu o Mandetta pela linha de raciocínio que no final das contas a Neorad foi a solução de tratamento para a cidade.
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