Mais uma família reclama da ‘internação’ em posto de saúde de paciente em coma

A aposentada Adeair Torres, 72 anos, aguardou por mais de 30 horas no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino para ser transferida para HU (Hospital Universitário), após ter sofrido um AVC, no dia 10 deste mês. De acordo com a irmã dela, Marli Torres, de 67 anos, atualmente a paciente está internada no […]

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A aposentada Adeair Torres, 72 anos, aguardou por mais de 30 horas no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino para ser transferida para HU (Hospital Universitário), após ter sofrido um AVC, no dia 10 deste mês. De acordo com a irmã dela, Marli Torres, de 67 anos, atualmente a paciente está internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em coma induzido.

 

Conforme Marli, a transferência da irmã só ocorreu após ela ter procurado a Defensoria Pública. “No dia 11, me alertaram que um idoso havia falecido no UPA por situação semelhante e então procurei a defensoria”, afirma. 

Segundo ela, quando a defensora entrou em contato com a administração da unidade, eles chegaram a negar que a idosa estava no local, sendo que o filho a acompanhava no mesmo momento do contato.

Além das longas horas de espera, Adeair não foi medicada e nem recebeu alimentação durante o período em que aguardava para ir para algum hospital. A justificativa dada à família era de que a transferência não estava sendo realizada por falta de vagas nas unidades hospitalares. A idosa chegou a seguir de veículo próprio até a Santa Casa, quando foi avisada que não era possível a internação.

Apenas na noite do dia 11, Adeair conseguiu vaga no HU e foi transferida por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “Acredito que se a internação tivesse sido feita imediatamente o estado dela não estaria tão grave”, acredita a irmã. Em consequência do AVC, a idosa teve um infarto e problemas respiratórios, entrando, posteriormente, em coma.

Problemas comuns

Um caso semelhante ao de Adeair ocorreu com Cláudia Mara dos Santos Riquelme Batista, 36 anos, que teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e está internada desde está terça-feira (22), no Centro Regional de Saúde (CRS) João Pereira da Rosa, no bairro Aero Rancho em Campo Grande. 

De acordo com os familiares, Claudia foi internada por volta das 21h30 e, até agora, não foi providenciada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) a transferência dela para um hospital que permita o tratamento de um AVC.

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