Segundo o presidente do TRE, as ações referem-se, principalmente, a irregularidades na campanha eleitoral e a problemas na prestação de contas

Apesar do fim das eleições municipais de 2012, mais de 100 processos aguardam julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e podem mudar o resultado do pleito no caso de a Justiça decretar cassação de eleitos, acusados de irregularidades na corrida por votos.

“Nós temos diversos recursos que estão em fase final de julgamento, temos recursos chegando, então, tem diversas fases, temos mais de 100 processos para julgar”, informou, nesta sexta-feira (25), o presidente do TRE, desembargador Josué de Oliveira, durante a solenidade de inauguração de posto de atendimento da Justiça Eleitoral, na Capital.

Segundo ele, os processos referem-se, principalmente, a práticas ilegais na corrida por votos e a problemas na prestação de contas. “A preponderância maior é de irregularidades na campanha eleitoral. Também tem recursos contra prestação de contas julgadas irregulares, então, tem uma série de coisas, mas tudo relacionado às eleições de 2012”, disse.

Questionado sobre a hipótese de os processos mudarem o resultado do pleito, o desembargador agiu com cautela, mas reconheceu a possibilidade. “A gente só sabe quando encerra o julgamento, mas realmente, às vezes, pode mudar o resultado da eleição”, admitiu.

Exemplos

Em Paranaíba, por exemplo, o prefeito reeleito, Zé Braquiara (PDT), é alvo de três processos no TRE pela prática de supostas irregularidades. Na terça-feira (29), o pleno deverá encerrar julgamento denúncia sobre doação irregular de terreno em período eleitoral.

Braquiara também tenta se livrar de denúncia de uso do site da prefeitura para realizar campanha. Pela mesma acusação, o ex-prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), foi cassado pela Justiça Eleitoral.

Em outro processo, ele é acusado de promoção pessoal por supostamente ter usado verba da prefeitura para patrocinar 10 mil cartilhas a fim de divulgar suas ações na administração em período eleitoral.

Além de prefeitos, vereadores da Capital e do interior do Estado estão na mira do TRE, principalmente, por supostas irregularidades na prestação de contas. O mesmo processo enfrenta o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).