Loja colaborativa ajuda novos artistas e designers a impulsionar trabalhos a baixo custo

Ideia de produtoras culturais é ajudar os novos criativos a projetarem seus trabalhos e ao mesmo tempo difundir a própria arte através de exposição

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Ideia de produtoras culturais é ajudar os novos criativos a projetarem seus trabalhos e ao mesmo tempo difundir a própria arte através de exposição

Atingir o público e mostrar as criações não é algo que todo artista consegue fazer. Muitos ficam em meio ao trabalho, ou mesmo a outras tarefas que realizam para poderem fazer arte, e acabam não conseguindo levar suas produções a quem interessa: as pessoas. Além disso, o custo alto é outra dificuldade de quem faz arte enfrenta na hora alavancar os trabalhos.

Com a ideia de ajudar os novos criativos a projetarem seus trabalhos e ao mesmo tempo difundir a própria arte, as produtoras culturais Lidiane Lima e Suzamar Rodrigues decidiram montar uma loja colaborativa.

A proposta, muito difundida fora de Campo Grande, se baseia no aluguel de espaços de exposição para cada artista colocar seus trabalhos. Como o aluguel é do espaço e não do imóvel, os criativos acabam tendo a oportunidade de mostrar suas produções sem ter que arcar com outros custos como impostos, água, luz, telefone… O que, muitas vezes, acaba dificultando o ato de empreender.

Em funcionamento há cerca de uma semana, a loja ‘Maloca Querida’ já tem cerca de 15 artistas confirmados, alguns já estão com peças em exposição e outros estão trabalhando a todo vapor para ocupar o espaço reservado.

Entre os artistas confirmados estão Marina Grolli, San Martinez, Falange da Rima, Aline Areco, Muriel Curumex, Diogo Gonçalves, Julio Prodidy, Bruna Ocampo, Pedro Vaciaveo, Rafa Mareco e Maycon Santos. Cada um produz uma arte diferente, todas com pegada urbana.

Camisetas e roupas customizadas, com grafite e estêncil manual são algumas das peças que mais saem na loja. Lidiane revela que as ‘peitas’ da Falange da Rima chegam e acabam. Em uma semana, ela conta que o box dos meninos já foi cheio e esvaziado por três vezes. “Todo mundo gosta e pede. Agora eles têm um espaço para mostrar esse outro trabalho deles. O que, muitas vezes, era difícil, já que todos têm outras atividades”, explica.

Outras peças como quadros, pinturas em vinis e em shapes de skate, além de peças para fotografias, devem chegar em breve. “Já fechamos com outros artistas que vão fazer esses trabalhos. Agora, é só esperar chegar”, diz.

Sobre as peças que serão expostas, ela explica que a loja está aberta a todo tipo de arte, mas acredita que a de rua, mais urbana vai acabar se solidificando porque combina mais com a proposta da loja e do ambiente que está sendo desenvolvido.

Localizada no andar de cima da antiga rodoviária, a loja também terá um café que funcionará durante eventos que a “Maloca Querida” pretende promover. Nesses eventos, além das exposições das peças haverá várias intervenções culturais, como: apresentação de teatro dança, música e grafite.

Quem quiser levar alguma arte para lá ou alugar o espaço para mostrar suas peças, os box variam de R$ 40 a R$ 150 mensais. Em contrapartida ao aluguel, a loja oferece o serviço de atendimento e vendas, embalagens e em breve também aceitará cartões de crédito.

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