Lídio vai recorrer de expulsão do PP para garantir vaga como deputado

O deputado Lídio Lopes (PP) informou na manhã desta quinta-feira (7) que vai recorrer à Justiça contra a expulsão dele do partido. A ação do deputado é parte da luta dele para evitar que o PT consiga tomar o mandato, dando a vaga a Pedro Teruel. O PP alega que Lídio foi infiel durante a […]

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O deputado Lídio Lopes (PP) informou na manhã desta quinta-feira (7) que vai recorrer à Justiça contra a expulsão dele do partido. A ação do deputado é parte da luta dele para evitar que o PT consiga tomar o mandato, dando a vaga a Pedro Teruel. O PP alega que Lídio foi infiel durante a campanha em Campo Grande, por, supostamente, não ter apoiado Alcides Bernal (PP).

Lídio alega que nunca teve acesso ao processo de expulsão e considera o fato uma aberração, justificando que não foi notificado e o edital foi publicado no meio dos classificados de um jornal diário. O deputado disse ainda que só teve acesso ao processo recentemente, quando o PT pediu a vaga para Teruel.

O deputado sustenta que não há provas da infidelidade, ressaltando que mesmo se o partido tivesse prova, deveria recorrer ao mandato que ele exercia quando o partido deu entrada no processo, em dezembro, quando ainda era vereador.

Lídio se diz tranquilo e afirma que quando se trata de expulsão, a Justiça agasalha o parlamentar que recebeu os votos. Ele alega que não fosse assim, ninguém teria segurança, já que todos os parlamentares estariam sujeitos a vontade dos presidentes do partido, que se não gostassem deles, solicitariam a expulsão.

O deputado justifica ainda que a questão com o partido é política e o pedido de expulsão foi feito para que ele não assuma a presidência do PP, já que tem direito ao posto quem tem o maior cargo no legislativo. Neste caso, ele.

Petista concorda

O deputado Cabo Almi (PT) entende que dificilmente Lídio perderá o mandato, já que não pediu para sair, o que entra em uma disputa política, com interesses das duas partes. O deputado acredita que a Justiça tende a considerar o caso uma perseguição política. Neste caso, avalia que caberá ao PP a prova de que o deputado foi infiel. Ainda assim, analisa que caso comprovada, a infidelidade aconteceu no período em que Lídio era vereador e não agora, quando conquistou o mandato de deputado.

O PT impetrou mandato de segurança com pedido de liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) contra o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), por considerar ilegal a posse de Lídio Lopes (sem partido) como deputado estadual. Com a medida, o partido tenta tornar sem efeito o ato e garantir vaga na Casa de Leis ao terceiro suplente da coligação “A Força do Povo I”, Pedro Teruel (PT).

Na ação, o PT alega que Lídio está sem partido, portanto, sem direito legítimo de ocupar o cargo de parlamentar. “Ocorre que o primeiro suplente da Coligação ‘A Força do Povo I’ – PT/PP – Sr. Lídio Nogueira Lopes foi expulso do Partido Progressista por infidelidade partidária, cuja expulsão foi comunicada à Justiça Eleitoral em 12.12.2012, e retirado o seu nome da relação de filiados do PP”, justificou o advogado Laércio Arruda Guilhem no mandado de segurança.

O PT classificou como ilegal a posse de Lídio e elencou prejuízos financeiros com o suposto erro, bem como o desprestígio do Poder Legislativo, por indicar uma pessoa que não tem direito ao cargo.

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