Kerry: denúncia de espionagem não deve afetar negociação comercial EUA-UE

As preocupações europeias sobre denúncias de espionagem eletrônica pelos serviços de inteligência norte-americanos não devem atrapalhar as negociações comerciais da próxima semana entre a União Europeia e os Estados Unidos, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta terça-feira. “Isso é uma parceria comercial. Tem a capacidade de impulsionar todos os países”, disse […]

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As preocupações europeias sobre denúncias de espionagem eletrônica pelos serviços de inteligência norte-americanos não devem atrapalhar as negociações comerciais da próxima semana entre a União Europeia e os Estados Unidos, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta terça-feira.

“Isso é uma parceria comercial. Tem a capacidade de impulsionar todos os países”, disse Kerry em visita a Polônia. “(A parceria comercial) é realmente separada de qualquer outra questão que as pessoas possam ter em suas mentes.”

Governos europeus têm cobrado explicações de Washington após jornais publicarem denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) monitorou os telefones celulares de autoridades de alto escalão, incluindo a chanceler alemã, Ângela Merkel.

Paralelamente, negociadores dos EUA e Europa devem começar uma semana de conversas em Bruxelas no dia 11 de novembro, e tentarão chegar a um termo sobre o que será o maior acordo de livre comércio do mundo. Será a segunda rodada de negociações sobre o acordo.

Kerry disse que o acordo criaria o mercado mais poderoso da face da Terra.

“Conjuntamente isso pode ter um impacto positivo profundo aos nossos povos, vai colocar milhões de pessoas em trabalho, criar novos empregos, mais oportunidades e vale a pena impulsionar a medida”, disse Kerry.

“Agora, isso não deve se confundir com qualquer questionamento legítimo que exista a respeito da NSA e outros assuntos. Nós queremos ouvir nossos aliados, queremos ter essa conversa.”

Em referência ao papel das agências de inteligência na Europa e nos EUA em proteger os cidadãos de ameaças de segurança, Kerry disse: “Nós todos estamos nisso junto.”

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