Júlio de Castilho pode ser entregue com remendos e sem ponte nova a moradores

A Avenida Júlio de Castilho, a ser entregue na primeira quinzena de agosto, ainda conta com os retoques da empresa contratada para a revitalização da via antes da inauguração. Muitos detalhes, porém, já estão estragados. Em vários pontos do primeiro trecho recapeado há remendos no asfalto para ligação das chamadas ‘bocas de lobo’, demonstrando a […]

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A Avenida Júlio de Castilho, a ser entregue na primeira quinzena de agosto, ainda conta com os retoques da empresa contratada para a revitalização da via antes da inauguração. Muitos detalhes, porém, já estão estragados.

Em vários pontos do primeiro trecho recapeado há remendos no asfalto para ligação das chamadas ‘bocas de lobo’, demonstrando a falta de planejamento e estragando o asfalto feito há menos de um ano.

Em outros pontos, as tampas pluviais que ficaram abaixo do asfalto, foram suspensas e deixaram, ao redor, buracos que ficam escondidos à noite, tornando a via perigosa para o trânsito.

Ao final da avenida, a ponte sobre o Córrego Imbirussu, que deveria ser trocada por uma nova, orçada em R$ 600 mil, ainda não foi removida do local. A necessidade de troca da ponte foi observada pela empresa e prefeitura após um alagamento. À época, o recapeamento neste trecho já havia sido feito.

Outra preocupação dos moradores é em relação ao replantio de árvores da avenida. Vlamir Henrique Silveira, morador do primeiro trecho refeito, na região do bairro Sayonara, sente falta das árvores que foram retiradas das calçadas. “O pessoal da prefeitura falou que ia passar aqui replantando com mudas da nossa terra, mas até agora nada”.

Revolta

Pela internet, uma moradora organiza um ‘ato de mobilização contra os absurdos da Avenida Júlio de Castilho’ no dia 15 de agosto. Ela reclama das mudanças na Avenida Yokohama e do impedimento de estacionamento em horário de pico.

Além disso, faltam sinalizações nos canteiros e retornos, com muitas pessoas criando acessos pela contramão, tornando o trânsito no local caótico.

Obra mal projetada

Para o Secretário de Infraestrutura, Semy Ferraz, é um contrassenso um protesto pela obra. “Nossa administração está fazendo de tudo para resolver os problemas junto com a população, nossa vontade era embargar a obra, mas ela ficaria inacabada, gerando transtornos por mais tempo”, explica.

Para o secretário, a obra está mal projetada, mal executada e a empresa que a executa é difícil de lidar. “Os prazos não são cumpridos e estamos fazendo o que podemos para entregar a obra. Os problemas com sinalização serão resolvidos, mas existem coisas que não conseguiremos consertar por erros no projeto”, lembra.

A liberação do estacionamento nos horários de pico ainda é discutida. “No projeto inicial não há previsão de estacionamento em nenhum horário. Esta é uma obra feita por quem não conversou para saber do desejo da população, então estamos fazendo o possível para remediar. Só que é preciso ter bom senso, saber que não conseguiremos agradar a todos”, finalizou.

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