Após denúncias contra direitos humanos, o juiz Albino Coimbra Neto, autoridades e a imprensa, visitaram nesta quarta-feira (27) a Colônia Penal Agrícola da Gameleira, em Campo Grande. Durante o encontro, as autoridades regionais rebateram a entidade, defendendo que as denúncias são coisa do passado, de 2007.

Segundo a ONU, o objetivo da visita foi apurar as condições do semi-aberto de Campo Grande, e verificar a veracidade das denúncias recebidas.

“São denúncias antigas, de seis anos atrás, hoje a Gameleira é um exemplo, com convênio com 163 empresas, que utilizam o serviços dos apenados”, defendeu Albino Coimbra Neto, juiz da 2ª Vara de Execução Penal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Acompanharam Neto o diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Desdeute Oliveira, e o diretor da Gameleira, Arley Cândido Barbosa.

A Gameleira possui quatro pavilhões, com capacidade para mil detentos. Segundo os representantes de MS, hoje são aproximadamente 650 apenados, longe de uma “superlotação” investigada pela ONU.

O juiz Neto ainda explica que são 11 cursos profissionais na Gameleira, onde os detentos podem trabalhar em troca de um salário “parecido com o de mercado”. Os produtos já são fabricados para atenderem empresas conveniadas, algumas também contratam os detentos após a pena.

“Defendo o trabalho dos detentos, primeiro pelo ser humano, e segundo porque é uma mão de obra disponível a mais Mara o empresariado”, comentou o empresário Luiz Nogueira, 63 anos. Ele tem uma empresa conveniada, e fabrica aproximadamente cinco mil unidades de piso por mês na Gameleira.