Jorge Dória será sepultado às 16h desta quinta (7), no Rio
O corpo do ator e comediante Jorge Dória será sepultado às 16h desta quinta-feira (7) no Cemitério São Francisco Xavier, também conhecido como Cemitério do Caju, na região norte do Rio de Janeiro. A mulher do ator, Isabel Cristina Gasparin, já está na sala 1 do Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade, para […]
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O corpo do ator e comediante Jorge Dória será sepultado às 16h desta quinta-feira (7) no Cemitério São Francisco Xavier, também conhecido como Cemitério do Caju, na região norte do Rio de Janeiro. A mulher do ator, Isabel Cristina Gasparin, já está na sala 1 do Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade, para o velório que começa às 11h. A cerimônia será aberta ao público.
Dória faleceu às 15h05 desta quarta-feira (6) por complicações cardiorrespiratórias e renais, aos 92 anos. Ele estava internado desde 27 de setembro no Hospital Barra D’Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, quando deu entrada com quadro de pneumonia. Ele estava tratando de uma infecção respiratória e morreu de complicações cardiorrespiratórias e renais. Ele fazia uso de respirador e estava sendo medicado com remédios para controlar a pressão.
Em recente entrevista, Isabel chegou a comentar que havia “entregado nas mãos de Deus”. “Tenho noção que o estado dele é gravíssimo. Sei que tudo tem a sua hora. Deus está tomando conta e vendo o que é melhor para ele”, disse. Isabel e Dória ficaram casados por 30 anos.
A última aparição do ator na TV foi no humorístico “Zorra Total”, da TV Globo, dirigido por Maurício Sherman. Sherman lamentou a perda do amigo, lembrou que estreou no teatro junto com Dória e que competiu com o amigo o título de ator revelação. “Eu era da companhia da Eva Todor, e ele da companhia do Graça Melo. Ganhei o título de ator revelação, mas ele merecia tanto quanto eu. Dali para a frente nos tornamos amigos. Ele vai fazer muita falta. Tinha uma naturalidade incrível, era um ator que contribuía para o sucesso de todos os personagens que fazia. Foi uma escola”, afirmou.
Jorge deixa um filho, Rodrigo, do casamento com a atriz Leda Valle. Ele também foi casado com a vedete Irís Bruzzi.
Trajetória
Carioca da Vila Isabel, Jorge Pires Ferreira, o Jorge Dória, iniciou na carreira artística na década de 1940, quando abandonou o emprego estável. Fez sua estreia no teatro, trabalhando na companhia de Eva Todor e Luis Iglesias, da qual foi integrante por 10 anos.
Iniciou no cinema em um papel coadjuvante no melodrama “Mãe” (1947), do radialista Teófilo de Barros. Depois, o estúdio Atlântida o contratou para o melodrama antirracista “Também Somos Irmãos” (1950) e o policial “Maior que o Ódio” (1951), ambos de José Carlos Burle.
Em 1962, foi um delegado no premiado “Assalto ao Trem Pagador”, de Roberto Faria, que lhe rendeu o Prêmio Saci de melhor ator coadjuvante.
Fã de filmes policiais, criou o argumento e colaborou no roteiro de mais dois filmes do gênero: “Amei um Bicheiro” (1952), de Jorge Ileli e Paulo Wanderlei; e “Mulheres e Milhões” (1961), de Ileli. Assinou também o argumento de “Absolutamente Certo” (1957), de Anselmo Duarte, e de outros 11 filmes. Nunca escreveu para o teatro.
Estreou na televisão em 1970, na extinta TV Tupi, no elenco da novela “E Nós, Aonde Vamos?”, da cubana Glória Magadan. Foi para a Globo em 1973, onde participou da primeira versão do seriado “A Grande Família”, em que fez o papel do patriarca Lineu, interpretado por Marco Nanini atualmente.
Sua primeira novela na emissora foi “O Noviço”, em 1975, adaptação de Mário Lago para a peça homônima de Martins Pena. Depois de um breve período na TV Tupi, em que atuou na novela Aritana, de Ivani Ribeiro, voltou a Globo em 1978, para protagonizar “O Pulo do Gato”.
Em 1974, viveu no teatro o homossexual George na primeira montagem da comédia “A Gaiola das Loucas”, de Jean Poiret, com adaptação e direção de João Bethencourt. Voltou ao espetáculo em 1995. Atuou em vários filmes do gênero pornochanchada, entre elas, “Como é Boa a Nossa Empregada” (1973), “Oh, que Delícia de Patrão!” (1974) e “Com as Calças na Mão” (1975).
Na TV, Jorge Dória ainda participou de tramas como “Tieta”, “Deus nos Acuda”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Era Uma Vez” e “Suave Veneno”. O sucesso de público veio com “Que Rei Sou eu?”, de 1989, onde viveu conselheiro Vanoli Berval. Sua última participação na televisão foi em “Zorra Total”.
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