Invasores têm 48h para desocupar ‘Favela da Portelinha’ e temem o despejo
Apenas as famílias cadastradas pela Emha podem continuar no local. Os demais estão aflitos com o futuro incerto
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Apenas as famílias cadastradas pela Emha podem continuar no local. Os demais estão aflitos com o futuro incerto
Várias famílias que moram em 10 barracos foram notificadas nesta manhã de terça-feira (26), e têm apenas 48h para desocupar os barracos na “Favela da Portelinha”, que fica em uma estrada de chão, localizada no final da avenida Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo, em Campo Grande. Além disso, três barracos vazios foram derrubados.
No local, será construído o PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento) o Complexo Segredo/Taquaral. As famílias que residem nessa favela fizeram o cadastramento na Emha (Agência Municipal de Habitação), e serão transferidas para o loteamento Gregório Correa e Ari Abussaf, na Vila Isabel Garden.
De acordo com a assistente social da Emha, Maria Helena Bughi, cerca de 130 famílias do local foram cadastradas desde dezembro do ano passado, e aguardam a construção dos loteamentos. Segundo a assistente social, apenas receberam notificações as pessoas que teriam invadido a favela neste ano, após o cadastramento.
Notificações
A diarista Marina do Amaral, de 28 anos, é uma das pessoas que recebeu a notificação. Ela contou que não fez o cadastro com a Emha porque estaria viajando na época. Marina também falou que vive no local desde o final do ano passado com seus dois filhos, de nove e seis anos de idade.
“Tenho inscrição na Emha há mais de 10 anos, até renovei em dezembro. Eles falaram que agora vão me despejar, passar por cima de tudo. Não é justo. Agora, não sei o que vou fazer. Aonde vou com meus filhos?”, desabafou.
Já a diarista Geiciane da Silva Mota, de 22 anos, contou que vive no local há seis meses e o seu barraco foi um dos derrubados. “Notificaram hoje, e já derrubaram o meu barraco. A sorte é que não tinha nada dentro, porque está tudo no barraco da minha prima. O pior é que eu tenho um filho pequeno, e agora descobri que estou grávida. Não tenho para onde ir, talvez vou morar com minha mãe”.
Geiciane contou que não foi cadastrada porque quando passaram estaria trabalhando. “Vim de Rio Verde pra cá, lá não tinha emprego. Meu irmão será beneficiado porque foi cadastrado, mas não posso morar com ele, porque tem família e filhos. Ainda não sei o que vai ser de mim”, disse Geiciane.
Alguns invasores se revoltaram com a líder comunitária da Portelinha, Mariluce Oliveira da Silva, de 34 anos, por acreditar que ela não teria apoiado os moradores.
“Eu não posso fazer nada. Tentei avisar nos últimos dias para não deixarem os barracos vazios, senão teria reintegração de posse. É uma situação difícil, porque sei que todos precisam de uma casa, mas a comunidade não é unida e eu tentei ajudar. Agora, eu lavo as minhas mãos, porque o povo só sabe cobrar e reclamar”, explicou.
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