O incêndio na Estação Ecológica do Taim, no sul do Rio Grande do Sul, entrou hoje no sexto dia, e se estende em direção a uma área de mata virgem, após destruir cerca de 3.000 hectares da reserva.

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade), responsável pela área, chegou a informar que o incêndio poderia ser debelado ainda hoje.

À tarde, porém, o vento mudou de direção e a luta de bombeiros e ambientalistas é para impedir que a linha de fogo de cerca de dois quilômetros avance para uma área de 10 mil hectares de mata virgem ao norte da reserva.

“No sul, a gente conseguiu conter [o incêndio]. Mas, para o norte, ainda há risco de expandir [o fogo] para alguma área. O vento virou para uma direção muito desfavorável”, disse o chefe da estação ecológica, Henrique Ilha.

Segundo ele, essa área de mata virgem é de difícil acesso. Ilha estuda com os brigadistas uma maneira de chegar até o local, e o trabalho deveria se estender pela madrugada de hoje.

“Essa área é inatingível. Estamos buscando caminhos para conseguir caminhar por dentro desse banhado, abrir clareira, dar um jeito de chegar antes do fogo para evitar que ele passe para a área virgem”, disse.

Um terceiro avião com capacidade para transportar 2.000 litros de água chegou nesta tarde ao Rio Grande do Sul e já está sendo usado junto com outras duas aeronaves capazes de comportar 2.000 e 3.000 litros, respectivamente.

O governo do Rio Grande do Sul cedeu um helicóptero que está sendo utilizado para levar bombeiros até áreas de difícil acesso e para avaliação da evolução do fogo.